segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Pessimismo


É notável que o futebol caminha a passos largos em direção ao precipício. A forma de gestão adotada, amadora e transitória, está inviabilizando a saúde financeira dos clubes. A falta de profissionalismo é consequência direta do sistema eleitoral adotado.

É simples: a cada dois anos os sócios vão às urnas e decidem o futuro do clube. Se o presidente não obtiver bons resultados dentro de campo, elege-se outro. Os torcedores ainda não estão dando a devida importância para a gestão financeira, pois para a imprensa um treinador de 150 mil mensais é considerado "barato".

A reivindicação dos jogadores, unidos através do Bom Senso FC, é legítima. O calendário, de fato, está sobrecarregado devido ao alto número de competições disputadas. Oportunamente, os jogadores não percebem que, reduzindo o número de partidas, os clubes serão obrigados a reduzir os salários.

Seja qual for o destino do nosso futebol, não gostaria de ver os nossos clubes nas mãos das grandes corporações, como já é feito com o Fluminense.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

As novidades - parte 2


Mahseredjian

O novo preparador físico do Grêmio vem com boas credenciais. A qualidade do trabalho do profissional desta área é facilmente avaliado dentro de campo. Em 2013 o Grêmio teve bom desempenho físico e, teoricamente, 2014 será melhor ainda.

Leandro

Acho muito difícil que este jogador seja aproveitado. Apesar do início promissor, Leandro nunca teve uma boa sequência. No Palmeiras foi igual: começou bem, mas decaiu e não teve o empréstimo renovado. Se der certo será uma surpresa, pois é um atleta completamente fraco no quesito físico.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

As novidades


Renato se foi

Renato nunca foi unanimidade. Quando desembarcou, dizia-se que ele não era um grande estrategista e poucos acreditaram que ele pudesse dar certo. Pois, deu. Pegou um time que havia feito apenas uma grande partida durante o primeiro semestre: 3x0 no Fluminense pela Libertadores. Ajustou uma equipe desacreditada e levou ao vice-campeonato. Está saindo pela porta da frente.

Vem Enderson Moreira

Muito boa contratação. Estava realmente complicado escolher o treinador. Fez um ótimo trabalho no Goiás e isto o credencia para treinar um time do primeiro escalão. Vem com um salário consideravelmente mais baixo que o antecessor e isto é importante. A valorização deve ser gradual. Enderson terá uma grande oportunidade e contará com a confiança de todos.

Edinho é apresentado

Parece mentira, mas não é. Edinho é um jogador que sempre foi ridicularizado pelo torcedor gaúcho. É inacreditável que os dirigentes gremistas tenham apostado neste volante. Está aí um cara que não vai poder errar, pois as vaias aparecerão rapidamente. Apesar de todas estas e outras restrições, tomara que dê certo.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A torcida é volúvel


Poucas vezes vi alguém ser tão aplaudido ao entrar em campo como Zé Roberto depois de ficar por mais de um mês sem ter oportunidades no banco de reservas. A pressão pela sua escalação foi tamanha que Renato cedeu e promoveu sua titularidade no jogo de volta pela Copa do Brasil contra o Atlético do Paraná.

Se o Grêmio tivesse avançado, diria-se que a convicção de Renato (de deixar o Zé de fora) estava equivocada. Como o resultado foi negativo, questionou-se por que Renato abandonou sua convicção.

Futebol se faz com vitórias, pois não há espaço para justificativas nas derrotas.

Lembro-me como se fosse ontem das primeiras partidas de Maxi Rodríguez no Grêmio. Geralmente em meados da segunda etapa, quando Renato chamava o uruguaio, ele vinha correndo com uma vontade fora do comum.

Em campo, porém, a história era diferente. Suas atuações eram bastante instáveis, alternando muitos erros de passes com ótimas jogadas. Nas arquibancadas, ensaiavam-se as primeiras vaias, afinal de contas o torcedor quer efetividade.

Eis que o "enganche" uruguaio entra e tem uma atuação destacada. A imprensa passa a cobrar sua escalação e a torcida grita o seu nome.

E quando ele ficar três jogos sem balançar as redes?

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Tempestade


Se dependesse do que é escrito nos jornais e comentado nas rádios, o Grêmio já estaria fora da Copa do Brasil. Bastou uma pequena sequência de maus resultados para que o esquema tático montado por Renato Portaluppi fosse novamente considerado inadequado e inconsistente.

Esquecem-se que, com Luxemburgo, o Grêmio possuía praticamente os mesmos jogadores e os resultados foram lamentáveis. A diferença é que o professor Luxa jamais era criticado por suas convicções no que tange ao sistema tático implementado.

Não acho que o torcedor deva dar ouvidos a isso, pois as consequências seriam extremamente prejudiciais para a equipe. Durante os 90 minutos, não adianta chamar o treinador de burro nem vaiar os jogadores. Depois do jogo, a história é outra.

O torcedor não pode levar para campo todas as incertezas da imprensa com relação ao potencial do Grêmio e, sobretudo, do seu treinador.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Barcos por Zé Roberto


Barcos é um bom centroavante. Quem acompanhou o argentino durante sua passagem pelo Palmeiras e seus primeiros meses em Porto Alegre sabe que se trata de um bom jogador. Entretanto, está mais do que evidente que ele não passa por um bom momento: não acerta os passes e vem perdendo os chamados gols feitos.

Sendo assim, a principal função exercida por Barcos dentro de campo é o apoio à defesa nos escanteios e bolas paradas.

Minha proposta é que, para o jogo desta próxima quarta-feira, pela semifinal da Copa do Brasil, Renato promova a substituição de Barcos por Zé Roberto. Sai um atacante que tem sua atividade restrita ao apoio defensivo e entra um meia veterano sem vigor físico, mas com criatividade de sobra.

Pode parecer um erro tirar o centroavante em um jogo que o time precisa marcar dois gols. Ano passado, Luxemburgo foi justificadamente criticado, pois deixou dois centroavantes no banco em partida decisiva pela Copa do Brasil.

Agora, a situação é completamente diferente. A base do time são os três volantes - Souza, Ramiro e Riveros. A ideia é manter este esquema, preservar a linha de quatro na defesa e recuar um pouco a figura do centroavante. Zé Roberto ficaria encarregado de distribuir melhor o jogo e apoiar o sistema defensivo apenas quando necessário.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Tensão constante: Grêmio x OAS


Ouço as entrevistas de Fábio Koff e Paulo Odone. Koff tem uma trajetória irreparável no clube. Odone, por sua vez, fez um ótimo trabalho entre 2005 e 2008. São dois grandes presidentes.

Entretanto, fico perplexo e sem entender o que se passa (e o que passou) nos bastidores da negociação entre Grêmio e OAS. Como pode um presidente falar que o contrato firmado é perverso enquanto o outro afirma se tratar de um ótimo contrato?

Definitivamente não tenho conhecimento suficiente para argumentar, mas acho lamentáveis as declarações do ex-presidente Paulo Odone, que disse levar 12 meses para receber o que Fábio Koff recebia em apenas um mês no Clube dos 13. Até este momento não haviam sido levantadas suspeitas sobre possíveis favorecimentos na construção da Arena.

O próprio deputado Paulo Odone levantou suspeitas contra si mesmo ao dizer que "Fábio Koff teria enriquecido" nos últimos anos. Não seria esta uma ideia vinda do seu próprio inconsciente?

Certamente Odone ainda terá que dar muitas explicações, principalmente o motivo que o leva a defender de forma tão categórica a empreiteira ao invés de defender os interesses do Grêmio.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Gre-Nal 398


Apesar dos gols, o clássico Gre-Nal acabou como geralmente acaba: empatado.

Se por um lado Jackson protagonizou uma das maiores trapalhadas deste Campeonato, por outro, Bressan teve uma atuação desastrosa. Parece que jogar no Centenário, casa do seu antigo rival Caxias quando ainda jogava pelo Juventude, não fez bem para o zagueiro.

No primeiro gol do Inter, logo aos 5 minutos de jogo, Bressan incrivelmente preferiu cobrir a lateral ao invés de proteger a goleira. É verdade que Dida também falhou, mas me parece que não dar a possibilidade de chute para o adversário é um fundamento básico.

Então, quando o Grêmio parecia mais perto do terceiro gol do que o Inter do segundo, Bressan aplica um carrinho completamente equívocado dentro da grande área, sem perceber que dois companheiros já estavam em cima do jogador colorado.

O empate não é bom para nenhuma das duas equipes, mas também não pode ser considerado negativo. Pelo lado do Internacional, Clemer ganha confiança e dá um passo importante nas suas pretensões de seguir como técnico do clube em 2014.

Em se tratando de Grêmio, a equipe passou uma boa impressão e deixa de lado aquela tese de que não é possível jogar em alto nível duas competições simultaneamente (a ver na próxima quarta).

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Segunda arrancada


O Grêmio parece estar passando pela sua segunda arrancada no Campeonato Brasileiro 2013. A primeira se deu logo após o advento do sistema com três zagueiros e, agora, seja com três zagueiros ou com três atacantes, o tricolor vem experienciando outro excelente momento.

Tenho a convicção de que a base do time do Grêmio são os três volantes. Por isso que Renato altera o sistema tático, mas sempre preserva esta característica. Se não fossem os três volantes, certamente o Grêmio não teria alcançado a vitória com o um homem a menos diante do Botafogo.

Há alguns dias, escrevi que, dos 11 titulares do Cruzeiro, 7 foram contratados esse ano. No último jogo disputado na Arena, percebi que a situação do Grêmio é bastante semelhante, pois dos 11 jogadores que iniciaram a partida, 8 estrearam neste ano: Dida, Bressan, Rodholfo, Alex Telles, Ramiro, Riveros, Barcos e Vargas. Sábado, conta o Botafogo, 7 estreantes iniciaram a partida.

Sempre os mesmos


É difícil de entender o motivo que leva os dirigentes colorados a apostar sempre nos mesmos treinadores. Mudam os cartolas, mas, invariavelmente, o critério de escolha é quase sempre o mesmo. Levando-se em consideração as informações da imprensa, os cotados são Abel Braga (4 passagens), Celso Roth (3 passagens) e Mano Menezes (passagem pelas categorias de base).

Abel só quer trabalhar em 2014. Roth teria que ser convencido a assinar um contrato até o final do ano. E, Mano vive sua pior fase desde que passou a treinar grandes clubes.

A maior peculiaridade da gestão Luigi talvez seja a contratação de ídolos sem experiência para o cargo: Falcão, Fernandão, Dunga e, agora, Clemer como interino.

Eu apostaria na efetivação de Clemer até o final da temporada.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Falta de sol


Para compensar o baixo nível de sol que incide do gramado da Arena do Grêmio, a solução é utilizar fontes artificiais de luz e calor.

Sem dúvidas isto representa um maior custo de manutenção. Mas, dada a estrutura da Arena, sua utilização é imprescindível para que o gramado fique adequado à prática do futebol.

Foto: Luz artificial para o gramado

Sobre as eleições do conselho


Apenas um breve comentário.

Por apenas 115 votos, a Chapa 2 não colocou os 180 conselheiros nas eleições para o conselho, realizada no último domingo. A Chapa 7, liderada o Homero Bellini Jr., obteve 21,1% dos votos e elegeu 62 conselheiros que se juntarão aos 88 eleitos pela Chapa 2.

As eleições refletem a situação atual do clube. E, de modo geral, todas as eleições são assim. Os grupos liderados por Paulo Odone e Eduardo Antonini sofreram mais uma derrota. Evidentemente, os sócios levaram em consideração o desenrolar do episódio Arena, os contratos prejudiciais ao clube, a inauguração precipitada e, principalmente, a escassez de títulos.

Nesse sentido, Fábio Koff irá contar com um maior apoio do conselho deliberativo. Não que isto signifique alguma coisa, mas, quanto mais aliados, melhor.

O mandato é de seis anos.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Projetando


A verdade é que em uma competição de pontos corridos todas as rodadas são importantes. Os próximos jogos do Grêmio são contra Atlético-PR (quarta, em casa, 19h30) e Botafogo (sábado, fora, 18h30). Coincidentemente, os dois principais adversários do G-4.

Até o dia 23/10, data da partida de volta contra o Corinthians pela Copa do Brasil, o Grêmio realizará seis partidas e restarão mais oito jogos até o final do Brasileirão. Apenas oito!

Ou seja, os próximos 20 dias vão definir as pretensões do tricolor na competição. Caso a distância para o líder Cruzeiro siga tão grande, todas as fichas devem ser apostadas no título da Copa do Brasil, pois, passando pelo Corinthians, restarão apenas mais dois adversários.

Sobre os próximos jogos do Brasileirão: acho indispensável uma vitória contra o Atlético-PR - que vem de derrota para o Vitória da Bahia - e, pelo menos, um empate no Rio.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Grêmio é 2º


O Grêmio avança aos trancos e barrancos. Alterna o 3-5-2 e o 4-3-3, em uma clara demonstração de que o sistema tático é secundário. Não que isto seja uma regra, pois temos inúmeros exemplos de times de sucesso bem armados taticamente. Mas, não há tática que funcione sem vontade e superação.

Pouco importa se o time está no 3-5-2, no 4-3-3 ou no 4-4-2. Parece que a vontade de vencer está acima disso. O grupo está fechado e, correndo, compensa qualquer outro desequilíbrio.

Invariavelmente venho escutando que Zé Roberto e Elano deveriam ser titulares, pois dariam maior qualidade técnica ao time, além de uma melhor saída de bola. Também acho o Zé um baita jogador, talvez seja o melhor do time. O fato é que a sua presença em campo não vem resultando em um maior suporte para os atacantes, como era de se esperar. A condição de reserva é natural, ainda que temporária.

Neste domingo, o Grêmio passou por cima de um adversário que vem se tornando freguês: o São Paulo. Há mais de dois anos os paulistas não conseguem vencer, somando quatro derrotas e um empate.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A decisão será na Arena


Coragem e ousadia são dois atributos que não faltam para Renato Portaluppi. O treinador surpreendeu a todos escalando a equipe do Grêmio com três atacantes (Kléber, Vargas e Barcos). O resultado foi considerado bom, mas ficou a sensação de que o tricolor poderia ter voltado com uma vitória.

A atuação da dupla de defesa - Rhodolfo e Bressan - foi bastante segura. Quem merece o reconhecimento e elogios é Bressan, que vinha sendo muito criticado, inclusive neste espaço.

Acho que, pela ousadia, Renato merecia a vitória, haja vista a inoperância ofensiva do Corinthians. Os paulistas, por sinal, estão muito longe daquele time que foi campeão do mundo. Parece que a única jogada aguda eram as faltas cavadas nas imediações da grande área. Chamou atenção o número de vezes que o atacante Emerson Sheik caiu no chão. Talvez essa tenha sido uma orientação do Tite: cavar faltas e alçar bolas na área.

A dificuldade em marcar gols que o Grêmio vem apresentando passa muito pela má fase de Barcos. O centroavante, além de matador, é um dos principais responsáveis pela articulação de jogadas e assistências. Ontem, mais uma vez, Barcos não teve uma boa atuação.

Mesmo assim, o argentino deve continuar como titular. Eu, pelo menos, manteria ele entre os 11. Existe uma outra opção que seria tirar o Barcos e promover o ingresso de Zé Roberto. Não é uma má ideia, mas teria que mexer na estrutura da equipe.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Comemoração


Aproveitando a lembrança dos 36 anos da conquista do Gauchão de 77 - pelo site oficial do Grêmio - reproduzo, abaixo, uma belíssima foto da comemoração do André Catimba.

O plano de fundo é o velho casarão, Olímpico. O atacante saiu lesionado após a comemoração.

Foto: Reprodução

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Crônica esportiva


Por que estou largando a crônica esportiva?

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

E, por incrível que pareça, não há montagem.

Esta é a manchete desta segunda-feira (23/09).

sábado, 21 de setembro de 2013

O líder


Ninguém dava nada para o Cruzeiro antes do início do campeonato. E, de fato, não existiam razões para apostar neles.

No primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro deste ano foram goleados por 3x0 para o principal rival, Atlético-MG. Perderam ali o título. Também já estão fora da Copa do Brasil, sendo eliminados pelo Flamengo.

No ano retrasado quase foram rebaixados. Ano passado, fizeram uma campanha regular.

Outro fato interessante é a equipe: dos 11 titulares contra o Botafogo, sete foram contratados este ano! O treinador Marcelo Oliveira também desembarcou em BH nesta temporada.

Mas, o que faz esse time jogar tanto? Só pode ser a rivalidade.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Os grandes treinadores


Os grandes treinadores - aqueles com mais grife, quer dizer - estão sofrendo com os maus resultados. Mano, Luxa, Muricy, Abel e Autuori, apenas para citar alguns, não vêm fazendo bons trabalhos à frente dos maiores clubes brasileiros. Enquanto isso, Marcelo Oliveira, Oswaldo de Oliveira, Renato Portaluppi e Vagner Mancini lideram o Campeonato Brasileiro.

O pedido de demissão de Mano Menezes assinala o poder que o treinador detém no futebol brasileiro. Sendo os contratos firmados de prazo determinado, quem rompe deve pagar metade do valor restante à outra parte.

A temporada se aproxima da reta final e os clubes terão uma boa oportunidade para repensar suas estratégias. Será que vale a pena investir tanto dinheiro em um treinador? O que eles podem oferecer a mais que os outros? Talvez seja um bom momento de lembrar da lei da oferta e demanda...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O equilíbrio dos pontos corridos


O Cruzeiro acaba de abrir sete pontos de vantagem para o segundo colocado do Campeonato Brasileiro. Apesar de ter transcorrido pouco mais da metade do campeonato, a disputa está prestes a encerrar. Se continuar com esse aproveitamento (74,2%), iremos conhecer o campeão brasileiro de 2013 ainda em outubro.

Ao longo das 38 rodadas, 19 partidas são disputadas em casa, enquanto 19 são realizadas fora. O campeonato, ainda, tem jogos nos finais de semana e durante a semana.

É natural que, para manter o equilíbrio da competição, metade das partidas em casa deveriam ser realizadas no final de semana e, a outra metade, à noite durante a semana. Coerentemente, os jogos fora também deveriam seguir a mesma lógica.

A Tabela abaixo apresenta um breve resumo das partidas do Grêmio no Campeonato Brasileiro de 2013.

Trago dois questionamentos para elucidar a Tabela:

- Por que 9 dos 12 jogos disputados no meio da semana são em casa?

- Por que apenas 3 dos 19 jogos disputados fora de casa são durante a semana?

Isso é coerência? Isso é equilíbrio?

Um estudo maior, envolvendo todas as equipes, certamente evidenciaria quem ganha e quem perde com isso.

Em queda?


Desde que completou 110 anos, no último dia 15, o Grêmio ainda não sabe o que é vitória. Perdeu cinco pontos em casa, deixou o Cruzeiro abrir 11 pontos de vantagem e distanciou-se do título. Permanece no G3, mas acho que, neste momento, deve-se priorizar a Copa do Brasil.

Parece que a volta dos jogadores mais experientes não fez bem para o Grêmio. Elano marcou o gol contra o Santos, entretanto tenho a impressão que ele não tem mais lugar nem no banco de reservas. Aliás, se o Marcelo Grohe tivesse tomado aquele gol de fora da área, certamente estaria sendo chamado de "braços curtos".

Temos muitos jovens no plantel e, certamente, grande parte deles não é craque. Ainda assim, prefiro apostar nos jovens, pois estes se entregam mais. Jogam com mais vontade. Tem mais ambições.

Bastaram dois resultados negativos para o esquema ser novamente questionado. Acho que Ramiro fez falta, pois ele dá uma maior movimentação para o meio de campo. Projetando a equipe com três zagueiros, acho que, neste momento, o mais natural seria a saída de Souza para o ingresso de Ramiro.

E, ficaríamos assim: Dida; Gabriel, Rodholfo e Bressan; Pará. Riveros, Ramiro, Zé Roberto e Alex Telles; Kléber e Barcos.

Ontem, Renato poderia ter tentado Wendell no lugar de Alex Telles. Não tentou. Preferiu colocar Elano, Vargas e Mamute.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

21 em 24


Mais uma vitória. E, desta vez, o rival foi dominado durante toda a partida. O Náutico, lanterna da competição, acumula 14 derrotas em 19 partidas e venceu apenas duas partidas.

Ouvi nos rádios e li nos periódicos que a vitória contra o Náutico, na Arena Pernambuco, era obrigatória. É bem verdade que, há pouco mais de um mês, o colorado foi goleado naquele mesmo estádio. Não lembro de grandes desdobramentos na época, mas, certamente, se o Grêmio não conquistasse os três pontos, teria seu futebol/esquema/técnico questionado.

O zagueiro Gabriel foi bem mais uma vez. Considero este um fato importante dada a ausência de Werley por até cinco semanas. Zé Roberto não acrescentou criatividade ao meio campo, contrariando às expectativas. Gostei muito da estreia de Wendell, mas é preciso que joguei mais vezes antes de falar maravilhas.

O segundo gol foi uma verdadeira preciosidade. Ótima combinação de Maxi e Paulinho. O uruguaio teve boa atuação, efetuando bons passes e dribles. Lembrando que, nas últimas partidas, ele não foi bem e chegou a ter seu potencial questionado.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

18 em 21


A vitória de 3x2 contra a Portuguesa ficou marcada pelo pênalti duvidoso assinalado para o Grêmio aos 35 minutos do segundo tempo. No entanto, dois lances - que não repercutiram - não foram nada duvidosos: (i) o gol mal anulado feito por Kléber quando a partida ainda estava 0x0; e (ii) o impedimento do jogador da Portuguesa na jogada de um dos gols.

Há ainda aqueles que alegam a existência de um pênalti em Kléber no primeiro tempo. Ainda, sobre o impedimento, imagens estão circulando na Internet e não deixam dúvidas.

O resultado mantém o Grêmio entre os líderes e reforça a esperança de título. São 18 pontos conquistados em 21 disputados. Renato destacou que o time não tem grandes jogadores e enalteceu a doação dentro de campo. Vitórias sem grande futebol sempre acabam despertando os críticos, que gostam de ver um futebol bonito, mesmo que sem vitória.

O Grêmio de 2013, comandado por Renato, repete a sua própria história. Joga no limite e, aos trancos e barrancos, vai avançando. Aliás, parabéns ao Renato pelos 51 anos completados hoje!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Deveria ter entrado com Zé Roberto?


Não!

Renato agiu corretamente ao escalar Matheus Biteco. Pena que o jovem volante não tem aproveitado as oportunidades em que começa como titular. O fato é que se o Grêmio tivesse perdido com Zé Roberto começando, comentaria-se que ele não deveria ter mudado o esquema que vinha dando certo. Como perdeu sem começar o jogo com o Zé, comenta-se que ele deveria ter sido escalado.

Quando o Grêmio perde é assim: os especialistas não aceitam justificativa alguma. Há um mês, só o que se falava eram as constantes mudanças de esquema promovidas por Renato. Depois, o Grêmio teve que vencer cinco consecutivas para que o esquema com três zagueiros e três volantes fosse aceito. Pois, agora, em uma demonstração de convicção, Renato mantém o esquema e é criticado.

Sobre o jogo: Barcos perdeu mais um gol feito. Gol que poderia ter colocado o placar em igualdade. As atuações de Bressan estão preocupantes, talvez seja um bom momento para alçar Gabriel à condição de titular. A falha de Dida, por sua vez, dispensa comentários.

Para finalizar: o Grêmio sempre perde para o Goiás.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Fator Renato


Renato Portaluppi é bom treinador. Com a sequência de bons resultados, também passou a ser considerado um bom estrategista pelos especialistas. Sua atuação como motivador é unanimidade, sabe formar um grupo unido como poucos.

Acho que existe um outro diferencial que não é muito lembrado. Nos treinamentos, Portaluppi comanda as atividades, orienta os jogadores e participa. Participa jogando. E joga com a 7.

Na sua primeira passagem pelo Grêmio, o que mais se comentava era que se tivesse sido contratado 5 rodadas antes, seria campeão. André Lima parecia um grande centroavante. Jonas, que nem a Portuguesa queria, virou craque. Paulão recebeu uma proposta da China. Douglas foi o legítimo 10. No ano seguinte, Gabriel passou a ter um dos maiores salários do grupo. Um a cada dois jogos, Rochemback era eleito o melhor em campo. E o que dizer de Clementino?

Portaluppi retornou e acabou de completar dois meses como treinador.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Que venha o Corinthians


O Grêmio fez mais uma bela atuação, desta vez diante do Santos. Em um "acidente de percurso" - conforme definição de Portaluppi - a equipe levou um gol com mais de 40 minutos do segundo tempo no jogo de ida. Entretanto, com muita vontade e superação, o Grêmio teve paciência (e sorte) para construir o resultado de 2x0.

Time que está ganhando não se mexe. Mesmo precisando do resultado de 2x0 para avançar, Portaluppi agiu de forma correta e manteve a equipe que vinha jogando (com três zagueiros e três volantes). Decisão esta que contrariou toda crítica esportiva do estado.

O zagueiro Bressan. Trata-se de um bom zagueiro, mas que atravessa uma má fase. Parece que o jogador perdeu segurança, característica que é indispensável para goleiros e jogadores de defesa. O pior é que a situação parece estar se agravando haja vista a sequência de erros.

O uruguaio Maxi Rodríguez. É bom jogador, mas não foi bem nas últimas partidas. Ontem, contra o Santos, abusou dos erros e não conseguiu dar sequência a nenhuma jogada. Apesar das poucas atuações, já foi possível perceber que o drible curto não é uma de suas virtudes. Atua melhor fazendo passes longos, justificando sua condição de "enganche". Também acho que ele necessita de um trabalho específico para reforço muscular.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O resultado foi injusto


Foi falta de sorte. A mesma sorte que foi decisiva nos últimos resultados do Grêmio, parece não ter acompanhado a equipe na partida em Santos. Aquela velha máxima do futebol prevaleceu: "quem não faz, leva".

Foto: Reprodução
Ao contrário de muitos que culparam o Renato Portaluppi pela derrota, acredito que o treinador não teve influência negativa no resultado. O gol do Santos saiu logo após a substituição do atacante Kléber por Matheus Biteco, mas certamente não foi por causa da mudança que saiu o gol. A verdade é que aquela bola não poderia ter chegado nos pés do atacante santista e, caso chegasse, deveria ter um zagueiro dando cobertura e outra em cima dele.

Bressan é o cara que deveria estar em cima do santista, mas, antes passar a culpa unicamente para o jovem zagueiro, é preciso verificar a ação dos outros dois zagueiros gremistas. Werley deixou Montilo passar na sua frente e receber a bola, enquanto Rhodolfo viu a bola passar devagar e rasteira na sua frente. Definitivamente foi uma falha coletiva.

O time criou boas oportunidades, mas faltou a definição. Barcos, Kléber e Souza tiveram claras oportunidades para marcar. No jogo de volta, semana que vem na Arena, o Grêmio terá a oportunidade de eliminar o Santos.

O Grêmio deve apostar na sua tradição neste tipo de competição e jogar com tudo a próxima partida, pois tenho convicção que este time pode avançar.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Mais uma vitória


O Grêmio venceu o Cruzeiro, mas não convenceu. Até a expulsão do volante mineiro, o jogo estava complicado. Dida já havia defendido um pênalti e o tricolor pouco criava. O resultado de 3x1 foi construído na segunda etapa e, mais uma vez, deve-se a alta eficiência do ataque, que aproveitou as poucas oportunidades que teve.

Maxi não foi bem. O uruguaio teve dificuldades para dar prosseguimento nas jogadas e colocou uma pulga atrás da orelha dos torcedores: será que se trata mesmo de um bom jogador? Esta foi sua primeira oportunidade como titular.

Não podemos omitir o fato de que o uruguaio era o único jogador responsável pela criação de jogadas. Ainda que Ramiro e Souza tenham uma saída de bola bastante razoável, jogar com apenas um meia mais avançado geralmente não dá certo.

Foi possível constatar que o ponto forte de Maxi são os passes e lançamentos em profundidade. É por este motivo que defendo um meio campo com Zé Roberto e Maxi, parece que os dois jogadores se completam.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Para enganar


Os 3x0 aplicados pelo Grêmio no Bahia são tão, ou mais, enganosos que o resultado de 3x0 contra o Fluminense no início do ano. O primeiro tempo foi sofrível, com inúmeras chances claras de gol para o Bahia. Enquanto isso, o Grêmio não conseguia transpor o meio campo e as jogadas de ataque não existiam.

No segundo tempo, tudo mudou. A postura do Grêmio mudou. O time conseguiu criar algumas jogadas e passou a ter mais segurança na defesa. Os três gols marcados foram consequência do alta eficiência dos arremates e da coragem de Riveros. O paraguaio poderia ter perdido todos os dentes da boca no lance do gol. Vai servir de exemplo para os colegas.

Mais do que bom futebol, o Grêmio teve sorte. A mesma sorte que vem faltando durante toda a temporada. Na derrota para o Coritiba, por exemplo, o tricolor colocou bola na trave e perdeu gols feitos. Naquela oportunidade quem teve sorte foi a equipe do Paraná, que não fez boa partida, mas ganhou os três pontos.

E o Luxemburgo? Perdeu mais um clássico. Aliás, alguém consegue explicar como um time contrata um treinador que já declarou ter o sonho de ser presidente do grande rival?

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Elano


O Grêmio poderia tentar envolver o meia Elano em alguma negociação. Não sei se este jogador ainda tem mercado, mas por ter sido o craque da seleção da última Copa - disputada há três anos - talvez possa ser uma boa moeda de troca.

A verdade é que Elano não tem preparo físico suficiente para jogar em alto nível. Após sofrer com lesões em série, ele já teve tempo para se recondicionar. Não consegue, é impressionante. Algum dia alguém deve esclarecer este mistério. Já ouvi todo o tipo de explicação. Há, inclusive, aquelas mais intrigantes.

Por outro lado, as esperanças estão totalmente depositadas em Maxi. O uruguaio é de uma motivação singular. A dúvida é: qual estrangeiro sacrificar?

Barcos não vem jogando nada. Mas, é o camisa 9, a referência... Não há substituto no banco de reservas. Riveros desembarcou e virou titular. Até o momento, não há como contestar esta condição. Sobrou Vargas. Parece que o chileno vai ter que esperar outra oportunidade.

Acho que Vargas seria a melhor companhia para Barcos, mas, devido a limitação de estrangeiros, deve ficar de fora. Não é possível que o Grêmio não tenha um jogador jovem que possa fazer aquela "correria" no ataque que o Kleber não consegue. E o Mamute? E o Paulinho que entrou no final do último jogo?

domingo, 4 de agosto de 2013

O clássico


Clássicos de inauguração ou de despedida são sempre mais nervosos. Ninguém quer perder. No último Gre-Nal do estádio Olímpico, o Internacional acabou com dois jogadores a menos. No primeiro clássico da Arena, o irmão mais novo repetiu a dose: mais duas expulsões.

O Gre-Nal de inauguração do estádio Olímpico foi 6x2 para o Inter. Isto em 1954. Quase 60 anos depois, Grêmio e Internacional apostaram em estratégias mais recuadas para superar o rival. Como é raro o clássico acabar com um placar diferente do tradicional 1x1. Ou, talvez, 2x1.

Mas, vamos para o jogo. O árbitro realmente foi mal e as críticas procedem. O Grêmio carece de armadores eficientes. Elano já provou ser um baita jogador, mas cada vez estou mais convencido que se trata de um ex-jogador.

Maxi entrou no meio da segunda etapa e mostrou, em quatro passes, porque se trata de um bom enganche. Fez passes precisos para os atacantes e por pouco não colocou o Grêmio em vantagem. A amostra foi boa. Deve ser titular na próxima partida.

Alex Telles foi, mais uma vez, muito bem. Entretanto, não há como deixar de falar na jogada do gol de empate do Inter. O jogador colorado avançou pelo lado esquerdo da defesa tricolor e ninguém colocou o pé na frente. Incrível! Contra o Corinthians foi parecido. Atenção!

E o Gre-Nal foi isso: pouco futebol e muita reclamação. Como sempre.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Oscilando


O Grêmio oscila. Alterna bons momentos com erros coletivos a todo o instante. Se o ataque não funciona, a defesa sofre com erros de posicionamento e falhas individuais. Enquanto isso, o meio de campo depende da vitalidade de Zé Roberto.


Kleber, o gladiador, marcou gol nos últimos jogos. Acho, entretanto, que ele não é o companheiro ideal para Barcos. Ao lado do argentino, o ideal seria um atacante de velocidade e não um trombador. Vargas é quem se encaixa melhor neste ataque, mas foi deixado no banco – com toda justiça – por ter sido expulso contra o Criciúma.


No início da semana escrevi que o único jogador que não poderia ser deixado em Porto Alegre era o uruguaio Maxi Rodríguez. Que falta fez Maxi lá em São Paulo. O uruguaio, inclusive, é um dos cotados para começar como titular o Gre-Nal. Biteco foi uma decepção.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Novo indicador


Sejam quais forem as condições estabelecidas entre as partes, a contratação do treinador Vanderlei pelo Fluminense atesta, mais uma vez, a incompetência gerencial dos grandes clubes brasileiros.

Na verdade, este fenômeno não é exclusividade brasileira. A má gestão dos clubes de futebol já provocou a falência de grandes clubes espalhados por todo o mundo. Algumas soluções vêm sendo implementadas, como a formação de clubes-empresa e, neste caso, os clubes passam a ter como finalidade o lucro financeiro.

Mas há como culpar os dirigentes por esta situação crítica? Em parte, afinal de contas, nós, torcedores, avaliamos o desempenho dos cartolas levando em consideração apenas os resultados dentro de campo.

O que é injustificável é pagar 1 milhão por um jogador de futebol, 500 mil para um treinador, 5 milhões em uma recisão de contrato, 150 mil para um preparador físico, etc.

Está mais do que na hora de adicionar outro indicador de avaliação: finanças.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O retorno


Renato terá que deixar algum estrangeiro de fora na partida contra o Corinthians em SP. Seja qual for o escolhido, este não deve ser Maxi Rodríguez. O uruguaio é a única peça além de Guilherme Biteco que joga mais avançado no meio de campo. Maxi ainda não fez uma grande partida, mas Elano definitivamente parece não ter preparo físico suficiente.

Ramiro, o volante de baixa estatura vindo do Juventude, está aproveitando muito bem as oportunidades. Sua maior virtude são os passes precisos para os atacantes, o que representa mais uma jogada para definição. Fala-se muito bem do goleiro Follmann.

Lamentável mesmo foi a atuação da BM instantes antes da partida contra o Fluminense. Que ação desproporcional com um cidadão machucado.

terça-feira, 25 de junho de 2013

A seleção do Felipão


Felipão é um especialista em Copas. Praticamente todos os títulos que conquistou (ou chegou perto de conquistar) foram neste tipo de disputa.

Nesta Copa das Confederações, a seleção do Felipão fez algo que a equipe comandada por Mano Menezes jamais conseguiu. O time de Mano não fez um bom jogo sequer durante a última Copa América. É bem verdade que jogar em casa faz diferença - e temos diversos exemplos que comprovam a tese - mas esta seleção tem algo a mais.

Quando foi campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, Felipão havia assumido a seleção apenas um ano antes. Entre as Copas de 1998 e 2002 houve grande oscilação e Felipão foi definido como técnico após as demissões de Vanderlei Luxemburgo e Leão. A seleção chegou a correr o risco de não se classificar para a Copa.

Ao seu lado está Carlos Alberto Parreira. Não o acho bom técnico, mas quem não sabe escalar aquela seleção de 94? Era um baita time de futebol. Não vinha bem nas eliminatórias, mas também entrou na Copa e foi campeã eliminando grandes adversários.

O que dizer daquela Holanda que foi despachada com um golaço de falta do Branco. E a desviada milimétrica de Romário para a bola entrar? E o primeiro gol marcado por Romário após cruzamento sob medida de Bebeto? Bebeto que, por sinal, comemorou o gol de forma emblemática (balançando o bebê).

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Vivendo e aprendendo


O Grêmio começou mal a partida contra o São Paulo. Ao invés de promover a escalação de Biteco, Luxemburgo, mais uma vez, tirou um coelho da cartola. Ou, pelo menos, tentou. O treinador se recusa a admitir que errou ao entrar com três atacantes e a explicação é muito simples: ele nunca erra.

Welliton é lamentável. O dito "velocista" não consegue uma vitória pessoal, além de não ter bom arremate. Talvez fosse melhor testá-lo em uma outra posição. Seus companheiros de ataque, Kléber e Barcos, também não foram bem.

Haviam passado menos de 20 minutos do primeiro tempo quando tive a sensação de que aquele seria o último jogo de Luxa. O ambiente não era nada bom: dentro de campo, o decadente São Paulo controlava todas as ações do Grêmio, enquanto nas arquibancadas, parte da torcida parecia mais preocupada em provocar a Brigada Militar do que apoiar o time. Da mesma forma como um adolescente se rebela diante do controle de seus pais.

Luis Fabiano marcou o gol dos paulistas e o primeiro tempo chegava ao fim. As vaias tomaram conta da Arena. Poucos jogadores arriscaram falar algo na ida para o vestiário.

No segundo tempo, as entradas de Elano e Biteco deram outra cara para o Grêmio. Mesmo tendo buscado o empate e quase a vitória, permaneci convicto de que Luxemburgo seria demitido. Eis então que Fábio Koff me surpreende.

O presidente gremista fez questão de conversar com os repórteres antes da entrevista coletiva do técnico e, acabando com todas as especulações, deixou bem claro que Luxemburgo é o seu treinador. Agora eu pergunto: será que alguém pode criticar alguma decisão de Fábio Koff?

Eu mudei de opinião. Tratei de racionalizar a situação tão logo ouvi as palavras de Koff.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Confuso


Eram 18h45 quando o repórter Luís Henrique Benfica publicou na página principal do ZH Esportes a seguinte manchete: "Sem convicção, Grêmio adia anúncio oficial sobre Luxemburgo e confunde torcida". Ao longo do texto, o referido repórter acrescenta:

"Fica a impressão de que a direção, ao não falar nada, varre o mercado em busca de um substituto para só então dizer que Luxemburgo sairá. Caso não encontre ninguém disponível, convocará entrevista coletiva e afirmará que jamais pensou em demissão".

Bastaram 90 minutos para que, o mesmo site, passasse a publicar: "Após reunião, Grêmio anuncia manutenção de Luxemburgo como técnico". Lamentável. Não é a minha intenção criticar esses profissionais, que são de suma importância para nossa sociedade. Mas, agora, eu pergunto: o Grêmio confundiu quem? A torcida ou o repórter?

Para quem não sabe, psicótico é aquele que cria uma outra realidade para lidar com o mundo externo.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Avaliação de Luxemburgo


Acho bastante temerário fazer qualquer ponderação sobre a permanência ou não do treinador Vanderlei Luxemburgo. Basear-se apenas nos resultados dentro de campo acaba enviesando uma decisão que é muito mais complexa do que parece.

O processo de tomada de decisão envolve uma série de fatores que devem ser considerados e ponderados para que o responsável - neste caso, o presidente Koff - possa, por fim, definir uma ação. É por este motivo que não vai ser a multa recisória, os "bruxos" de Luxemburgo no plantel ou a saída de toda comissão técnica que vai definir a permenência do técnico.

E, é também, por este motivo, que Koff é um presidente diferenciado. Ele sabe como poucos ponderar as situações.

O único problema é que Koff não pode estar em todos os lugares do clube ao mesmo tempo. Sendo assim,  torna-se ainda mais importante uma opinião qualificada dos dirigentes indicados pelo presidente, em especial daqueles diretamente ligados ao futebol.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A eliminação foi merecida


As esperanças do Grêmio na Libertadores 2013 eram consequência de dois fatores: a força da camisa e o mítico Fábio André Koff. Dentro de campo, as más atuações se tornaram rotina e já haviam eliminado o tricolor do campeonato estadual há duas semanas.

Vamos começar por Koff. Com 82 anos (recém complentados), o presidente passa a impressão de estar mal assessorado. Colocou no futebol Rui Costa - de muita competência, mas pouca experiência - e Marcos Chitolina, que vinha tocando as categorias de base e substituiu Omar Selaimen. Acho que os dois não souberam contornar as tensões de vestiário. Tampouco conseguiram montar um time competitivo, o qual foi formado por medalhões: jogadores ricos, famosos e sem grandes aspirações.

Os dois homens do futebol não tinham o comando do futebol. Este estava a cargo de Luxemburgo, que dispensou uma série de bons jogadores como Julio César, Vilson, Moreno e Gabriel.

Agora, Luxemburgo. É lamentável a sua decadência técnica. Estamos em maio e, até agora, a equipe não mostrou a "mão do treinador". Montou um meio-campo com dois articuladores que não articulam. Elano é muito bom jogador por 30 minutos, até cansar. Zé Roberto é excelente, mas com 38 anos não consegue compensar a falta de vigor do seu companheiro.

Ao invés de reforçar o meio, afinal de contas não tínhamos reservas, Luxemburgo foi trocando seis por meia dúzia no plantel. O que dizer da troca de Julio César por André Santos? E de Gilberto Silva por Cris?

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Boêmio


Ronaldinho Gaúcho não vai jogar a Copa das Confederações. Kaká também ficou de fora da lista de convocados do Felipão.

Mas, o que importa mesmo é Ronaldinho.

R49 é o grande nome do futebol brasileiro no momento. Suas atuações como maestro do Atlético-MG vêm rendendo elogios vindos dos quatro cantos do país.

Em sua outra passagem pela seleção, Felipão tomou decisão muito mais criticada. Havia um clamor popular pela convocação de Romário, o qual ficou de fora da lista de convocados para a Copa. Ao contrário de Ronaldinho, o baixinho sempre teve boas atuações na seleção. Foi, certamente, o maior centroavante brasileiro dos últimos anos.

Ronaldinho teve muitas chances na seleção e nunca conseguiu uma sequência de boas partidas. Sua não convocação é um acerto.

A propósito, sobre os convocados de Felipão, não há muito a dizer. Se estamos mal de jogadores diferenciados, deve-se montar um grupo que permaneça unido.

Os jogadores brasileiros estão em baixa no exterior, há tempos não era formada uma seleção principal com grande número de jogadores em atividade no Brasil.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Confirmada a contratação de Maxi Rodríguez


Montevideo, Uruguay

Maximiliano Rodríguez está en Porto Alegre para realizarse la prueba médica y, de superarla, poner su firma a un contrato que lo unirá por cuatro temporadas con Gremio.

“Estoy muy feliz de venir a un club tan grande”, declaró el jugador de Wanderers en diálogo con Sport890.

La negociación le dará a Gremio el 85% del pase del hábil atacante bohemio.

“Se venía adelantando (el pase), pero todavía estaba el tema del Pescara en el aire”, agregó Rodríguez. El club italiano Pescara era el principal candidato para hacerse con el pase de “Maxi”, pero finalmente las negociaciones quedaron truncas. De todas formas, Wanderers mantendrá el vínculo con los italianos.

“Yo me encuentro bien”, afirmó Rodríguez, quien no había estado a la orden en los últimos partidos. “Fue más que nada para cuidar el físico de cara a los partidos con Nacional y Peñarol, pero justo ahora salió esto. Voy a tener que hablar con la gente de Gremio y ver qué pasa”.

Grêmio, Barcos, Libertadores...


Luxemburgo não terá como justificar outro resultado senão a vitória no próximo dia 16. Para a partida de volta contra o Santa Fé, na Colômbia, o Grêmio deverá contar com todos os jogadores considerados titulares. Boa notícia para o torcedor gremista.

Além disso, não podemos esquecer dos 15 dias de intervalo entre os jogo de ida e volta.

Apesar do belo grupo de jogadores que o treinador tem a sua disposição, acredito que é o Barcos quem pode alçar o Grêmio à final da competição e, quem sabe, ao título.

- O Grêmio não conta conta mais com outro centroavante no plantel. Moreno foi para o Flamengo e Willian José (recomendação de Luxemburgo) não aprovou.

- Por mais que o futebol mude ao longo dos anos, é o centroavante quem define o jogo. Não me recordo de muitos times que tiveram sucesso sem centroavante.

- Coincidentemente, nas melhores partidas do Grêmio na temporada (3x0 contra o Fluminense e 4x1 contra o Caracas), Barcos foi o melhor em campo, marcando gols e fazendo assistências.

Sendo assim, não vejo outra possiblidade de chegar às finais senão Barcos retomando o bom futebol.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Campeonato Gaúcho


Parabéns ao Internacional, tri-campeão gaúcho.

Ainda que os erros de arbitragem possam ter influenciado o resultado da partida, o título é inquestionável. Dono da melhor campanha e campeão do dois turnos, o Internacional conquistou por antecipação seu 42° título regional. Agora são 6 taças de vantagem em relação ao Grêmio (36).

O Grêmio, por sinal, vem em queda livre: 2010 (1°, campeão), 2011 (2º, vice), 2012 (3°) e 2013 (4°). Se, durante os anos 90, o discurso de que o Gauchão era o cafezinho vinha acompanhado de títulos, atualmente, até para ficar em 2°, o tricolor tem dificuldades.

Acho que qualquer time brasileiro do primeiro escalão sempre tem que entrar em campo para vencer. Essa história de poupar jogadores, pijama training e etc. não existe. Jogador pode se machucar durante os treinos ou, até mesmo, fora deles. Em qualquer lugar.

Iniciar a temporada com o discurso de que o campeonato estadual está em segundo plano é o mesmo que não entrar na disputa. Todos os anos é a mesma coisa e, aqui, não estou falando especificamente de Grêmio. Vale para os dois. Por que será que o último título estadual conquistado pelo Grêmio foi em 2010?

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Quem vai pagar a conta?


Segundo o site da própria Arena, o novo estádio do Grêmio tem capacidade para 60.540 torcedores.

O público total da partida entre Grêmio e Santa Fé pela Libertadores da América 2013 foi de 35.650 torcedores (sendo 34.437 pagantes).

Surpreendentemente os ingressos estavam esgotados.

O número de assentos vazios é de 60.540 - 35.650 = 24.890

Ok, mas os camarotes não são colocados à venda e não estavam cheios. E a área de destinada à Geral está interditada.

Supondo 30% de ocupação nos camarotes: 24.890 - 0,7 x 2.728 (capacidade dos camarotes) - 5.114 (área da Geral) =17.866.

Quem vai pagar a entrada dessas 17.866 pessoas que não estavam no estádio!?

Considerando-se um valor médio de 80 reais por ingresso, a conta chega em 1.429.280 reais.

* Agradeço a colaboração dos leitores.

Dinamite 2


Acho que a reserva pode fazer muito bem para o Cris. Aquela expulsão foi injustificável. Neste momento não adianta crucificar o zagueiro.

Basta deixá-lo na reserva. Simples. Talvez alguém tenha que avisar o Luxemburgo, mas tenho certeza que ele vai entender. Pelo que todos dizem sobre a importância de Cris no grupo, ele pode ser bastante útil nas próximas partidas. Na reserva.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Dinamite


Belíssima definição para o veterano zagueiro Cris (em Boteco do Ilgo):

"Ter um zagueiro como Cris é como guardar uma caixa de dinamite no porão da casa".

Santo de casa


Fernando é um grande jogador. Já ouvi dizer que ele está entre os 11 titulares de Felipão para disputar a Copa das Confederações em junho. Justa convocação e justa titularidade.

Foi aos 35 minutos do segundo tempo que Fernando pegou o rebote de um escanteio (que ele mesmo havia cobrado) e acertou um belo chute da entrada da área. Grêmio 2 x 1 Santa Fé. Grande vitória!

Era um jogo que parecia fácil. O Grêmio dominava o adversário até a expulsão do ex-zagueiro Cris. Le policier está com os dias contados no tricolor. Gabriel e Bressan devem formar a defesa titular do Grêmio. O primeiro recém chegou do Lajeandense, enquanto o segundo veio do Juventude é já titular absoluto.

Elano começou muito bem até os 25 minutos, quando cansou. Sua principal virtude é a objetividade: joga para frente e tem bom chute de fora da área. 

Alex Telles fez excelente partida na lateral esquerda. Fez um cruzamento milimétrico para Vargas e não deveria ter sido substituído no segundo tempo. André Santos estava perdido no meio-campo. Barcos não conseguiu jogar mais uma vez.

Parece que deixar o Roger na casamata fez bem para o Grêmio. A suspensão de Luxemburgo veio em boa hora...

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Grêmio x Santa Fé-COL


O Grêmio tem partida decisiva nesta quarta-feira, às 19h30 na Arena contra o Santa Fé da Colômbia. Esta (e todas as próximas partidas da Libertadores) decidirão a temporada tricolor.

O Santa Fé fez a segunda melhor campanha da primeira fase da Libertadores e é o único invicto entre todos os participantes.

Foram dois empates (nas duas primeiras rodadas) e quatro vitórias. É verdade que os adversários (Real Garcilaso, Deportes Tolima e Cerro Porteño) não são de primeira linha, mas os colombianos vem  bastante embalados.

Time que quer ser campeão não pode escolher adversário. Por isso, acho que, independente de quem estiver do outro lado do campo, o Grêmio deve ir para cima e fazer o resultado dentro de casa. Sem tomar gols, é claro.

Foto: Reprodução

terça-feira, 30 de abril de 2013

Os dois possíveis substitutos


Uma alteração no comando técnico vem sendo ventilada. Tal mudança estaria condicionada ao insucesso diante Santa Fé. Vejo apenas dois nomes como possíveis substitutos para Luxemburgo: Renato Portaluppi e Mano Menezes.

O primeiro seria o mais indicado caso Fábio Koff decida trocar o treinador com o Grêmio avançando na Libertadores. A ligação de Renato com o Grêmio é tão forte que acho que ele é o único nome capaz de fazer este time recheado de estrelas correr como ainda não correu neste ano.

Mano Menezes, por outro lado, precisaria de mais tempo para montar o time. Deveria ter assumido o Grêmio no início da temporada se fosse o caso. Lembro que quando foi contratado em 2005 levou bastante tempo até fazer o time engrenar.

Renato é uma solução para curto prazo. Mano, para longo prazo.

O que aconteceu com o Grêmio?


Coincidentemente, desde a lesão do Elano, o Grêmio não conseguiu mais realizar uma boa partida. Neste último mês, Zé Roberto e Fernando vêm se alterando entre a melhor figura em campo. O tricolor conseguiu uma única vitória neste período: 1x0 contra o Cerâmica.

Repito o que já foi escrito em diversas oportunidades neste espaço: Fábio Koff não pôde escolher o "seu" treinador. A pressão da torcida - a mesma que gritou "burro, burro" nas últimas partidas - se revoltaria nas arquibancadas caso Koff alterasse o comando técnico.

Mas qualquer um poderia pensar: "futebol é feito de convicção, se Koff tivesse coragem, poderia ter trocado o treinador". É verdade. Hoje é muito fácil falar. E se Koff tivesse trocado o treinador e o time jogasse a bolinha que vem jogando nos últimos jogos? Iria se comentar que "não deveria ter tirado Luxemburgo".

Enfim, são apenas hipóteses. O fato é que o Grêmio não está jogando nada e, neste espaço, quero levantar três pontos que podem ter sido determinantes neste contexto.

- Os principais contratações do Grêmio para a temporada podem ser classificados de duas formas: (i) veteranos ricos e sem ambições; e (ii) empréstimos por um curto período e que o Grêmio não vai contratar pelo elevado custo. Eles se esforçam, mas estão longe de ter a pegada necessária para vestir a camisa tricolor.

- Os jovens não são aproveitados. Prefere-se improvisar um lateral que não joga há dois anos do que colocar um jovem do ofício no meio campo. Insiste-se em um veterano zagueiro, que já deixou o time na mão em mais de uma oportunidade, do que apostar em um jovem.

- A questão Arena. Historicamente, a maioria dos times que levantam um novo estádio conquistam títulos importantes. A razão é bastante intuitiva: um novo estádio significa casa cheia. Entretanto, a Arena tem sido uma grande dor de cabeça para dirigentes e torcedores.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Comparações...


Aos gremistas que já conhecem a nova Arena do Grêmio e questionam a qualidade do acabamento, reproduzo abaixo uma imagem de um dos banheiros do novo Maracanã.

Foto: Reprodução

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O caso Marcelo Moreno


Outra vez as especulações tomam contam do Grêmio. Como se não bastasse o caso OAS, intensamente debatido e noticiado nas últimas semanas, o relegado centroavante Marcelo Moreno passou a ser o mais novo alvo da imprensa.

Uma enxurrada de informações, pesquisas interativas com torcedores e entrevistas com os vizinhos de prédio do boliviano se tornaram rotina nos principais veículos de comunicação porto-alegrenses. O fato é que ninguém conseguiu desvendar o mistério da não utilização de Moreno.

As informações permanecem desencontradas e mudam a todo o instante.

A impressão que fica é que não existe sincronia entre treinador e direção. Se a questão é técnica, é pela vida boêmia ou pelo desinteresse, pouco importa. Bastava uma reunião entre direção, treinador e assessoria de imprensa para definir o assunto.

Dizer a verdade parece que pode desvalorizar o jogador, mas estamos percebendo que o silêncio também não é a melhor saída. Diante deste cenário, parece não restar outra alternativa senão encontrar uma justificativa que oculte a verdadeira razão para tudo isso. Quantas vezes já vimos dirigentes negarem alguma negociação e o jogador desembarcar no dia seguinte?

O que o Grêmio precisa (ou precisava) era dar alguma satisfação para a imprensa. E por isso repito: bastava uma reunião para definir o que seria externado de forma conjunta.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Os impulsos de Vanderlei Luxemburgo


Acho que está faltando comando no futebol do Grêmio. Talvez os dirigentes não estejam conseguindo lidar com os impulsos de Luxemburgo. Pelaipe sempre cedeu os desejos do treinador que, no seu clube anterior, havia sido demitido por bater de frente com a diretoria.

Parece que, nos últimos anos, Luxemburgo passou a exigir cada vez mais autonomia para assinar contratos. O treinador tem grife e sabe se aproveitar disso. Se antes ele indicava dois ou três jogadores, agora ele indica um time inteiro. Tem liberdade para simplesmente não aproveitar jogadores. Pouco importa se eles custaram alguns milhões ou se são craques. Luxemburgo faz uso de critérios indecifráveis na perspectiva de qualquer torcedor.

Meses atrás dispensou um ótimo zagueiro (Vilson) porque este simplesmente mostrou indignação em meio aos treinamentos. No calor do jogo. Vejam bem: isto é exatamente o que vem faltando no Grêmio. Sangue nos olhos.

Luxa esqueceu que foi expulso em um Gre-Nal por brigar com um gandula. É claro, provavelmente ninguém do Grêmio foi cobrar explicações. E Júlio César? Marcelo Moreno? Gabriel? Por que foram deixados de lado?

Luxemburgo foi capaz de colocar o selecionável Fernando na reserva de Adriano, volante de qualidade questionável que não vinha sendo aproveitado no Santos e havia desembarcado há 72 horas.

O poder excessivo abre espaço para o abuso. Coincidentemente (ou não), esta situação está ocorrendo justamente na pior fase dos seus mais de 30 anos como treinador. Comentaristas de todo o país dizem que Luxemburgo está em decadência.

Nas entrevistas coletivas, entretanto, Luxemburgo faz questão de frisar a sede de títulos dos torcedores, que não levantam uma taça importante há mais de 10 anos. Mas, calma lá. Quando foi a última vez que Luxa ganhou alguma coisa?

Luxemburgo é difícil. Já declarou que quer ser presidente do Flamengo! Nem mesmo os repórteres conseguem conduzir as entrevistas. Ele sempre arranja uma forma de mudar o rumo das perguntas, seja com uma piada ou com um resposta ríspida. Não respeita absolutamente ninguém.

Resumo da ópera: é preciso muita destreza para lidar com o Luxemburgo. E, neste momento alguma coisa precisa ser feita no Grêmio. Talvez uma mudança seja necessária. Seja na atitude do comando do futebol ou, até mesmo, no treinador.

terça-feira, 26 de março de 2013

Para receber a Arena


É necessário ter muita atenção antes do recebimento da Arena. Em especial em relação à qualidade do material utilizado.

23 de março de 2013

Falta de bom senso


Os torcedores gremistas, em especial os sócios e aqueles que locam cadeiras na Arena, vêm passando por situações, no mínimo, desagradáveis.

A Arena do Grêmio foi concebida para ter quatro anéis com livre circulação interna. Esta ideia parte do pressuposto que existe bom senso entre os torcedores e que os lugares pré-definidos serão respeitados.

No primeiro anel, a mensalidade para cadeira gramado central é 269 reais, enquanto as cadeiras gramado fundo saem por 92 reais. Diversos torcedores vêm reclamando sistematicamente de que seus lugares vêm sendo ocupados por outras pessoas. Em alguns casos, inclusive, estas pessoas se recusaram a deixar o lugar ocupado indevidamente.

A falta de bom senso é tamanha que, em não havendo uma sensibilização por parte dos torcedores, o clube será obrigado a colocar divisórias entre os setores. Isto seria lamentável, afinal de contas acabaria com a concepção arquitetônica e comercial do estádio.

sábado, 23 de março de 2013

Grêmio em campo


Hoje teremos mais um jogo na Arena. Desta vez o adversário será o Caxias pelo Campeonato Gaúcho.

O Grêmio deve escalar os titulares daqui para frente. Em todos os jogos. Não importa se o adversário é o Caxias ou o Passo Fundo. Esse time precisa se entrosar cada vez mais.

Teremos algumas ausências importantes no ataque e no meio. Vargas e Fernando estão cedidos para as seleções chilena e brasileira. Marcelo Moreno também, mas este sequer vem sendo relacionado. Dizem que ele vive na noite e, por isso, não está sendo aproveitado. A verdade é que Moreno não vinha jogando bem, aliás não vinha jogando nada. Até André Lima estava marcando mais gols que ele.

Teoricamente veremos uma Arena 99,9% concluída. Estamos a uma semana da troca de chaves.
16 de março de 2013
16 de março de 2013

quarta-feira, 20 de março de 2013

Os últimos 10 dias?


Pelo contrato firmado entre Grêmio e OAS, a troca de chaves deve ocorrer no dia 30 de março. A empreiteira baiana já concedeu entrevista afirmando que o tricolor poderá seguir utilizando o Olímpico até terminar de fazer a mudança da parte administrativa. Como o CT também ainda não está concluído, o gramado principal do velho casarão continuaria sendo utilizado para os treinamentos.

Que contrato é esse que deixa o Grêmio sem teto? Vamos seguir utilizando o Olímpico, de favor, entre tratores e escombros?

Definitivamente este não é um contrato que esta à altura desta instituição centenária conhecida nos quatro cantos do mundo. O Grêmio, e isto não é de hoje, virou refém de oportunistas. Transitam pelo clube políticos, advogados, empresários, médicos, engenheiros, etc. A grande maioria trabalha buscando o melhor para a instituição. Alguns, entretanto, utlizam o glorioso clube para satisfazer interesses pessoais.

É por isso, e por alguns outros motivos, que estou passando a concordar com o ex-presidente Rafael Bandeira dos Santos. Essa abertura política, ancorada pela redução da cláusula de barreira - ocorrida em 2011 - é  muito perigosa. O clube fica ainda mais desprotegido e os oportunistas poderão ingressar no clube sem qualquer impedimento.

segunda-feira, 18 de março de 2013

A conta é simples


Foram consideradas três hipóteses antes da inauguração da Arena. Na otimista, o Grêmio teria que colocar entre 25.000 e 30.000 pessoas na Arena para não ter prejuízo, apenas para pagar as contas.

Na hipótese realista, 40.000. E na pessimista, mais de 45.000.

Tivemos apenas quatro jogos neste ano. E, em três deles, o público foi menor que o estimado.

Neste último sábado, contra o Lajeadense, o público foi de apenas 13.000.

Pergunta: para o Grêmio colocar seus sócios dentro da Arena, o clube tem que custear parte dos ingressos. Quando a Arena Portoalegrense decide fazer uma promoção, como está sendo feito para as cadeiras gold, o Grêmio também tem direito a um ressarcimento?

sexta-feira, 8 de março de 2013

União


A história do Grêmio é feita de muita entrega dentro de campo. Para jogar neste clube centenário é preciso raça e determinação.

Foto: Reprodução
Este ano, o grupo parece estar realmente unido e focado no título de Libertadores da América. Aliás, apesar de estar repleto de jogadores experientes, apenas Elano (2011) e o goleiro Dida (1997) já ganharam uma LA. Esta é a grande oportunidade para todos eles e, principalmente, o técnico Luxemburgo conquistarem o maior título do continente. E eles sabem disso.

Como não custa repetir, acho que futebol depende muito do plantel e das opções táticas do treinador. Mas, acima de tudo, está a motivação. A vontade de alcançar um objetivo é um diferencial e tanto para superar desafios. Acho que o Grêmio tem tudo para ir longe em 2013.

E a defesa?


Em 03 de janeiro deste ano, escrevi aqui neste espaço que não tinha boas lembranças do zagueiro Cris. Por outro lado, sua carreira na Europa foi tão grandiosa que eu devia estar errado.

Acompanhando as primeiras partidas desta temporada, a impressão não é boa. Cris tem elevado vigor físico e se doa durante os 90 minutos. Entretanto, pequenas falhas vêm colocando uma pulga atrás da orelha dos gremistas. Será este um zagueiro confiável para disputar as etapas mais decisivas da Libertadores?

Cris certamente terá muitas oportunidades para provar que sim. O problema é se não provar. Temos apenas Saimon, Bressan e Grolli no banco. São bons jogadores, mas ainda não inspiram confiança para disputar partidas tão decisivas. Talvez fosse o momento de cogitar uma contratação.

O uruguaio Coates, atualmente no Liverpool-ING, teve seu nome ventilado no início do ano. Apesar de ser jovem, já possui grande experiência. É uma excelente opção para o setor.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Grêmio vence e convence


Apesar da fragilidade do adversário, a atuação foi de luxo. O Grêmio não deixou o Caracas respirar, marcou gol logo no início da partida e mostrou que o time parece estar encaixando.

Na coletiva, logo após a partida, Luxemburgo reiterou a importância do planejamento. Foi oportunista. Tivesse o Grêmio sofrido um revés, certamente seria bastante questionado pelo fato de ter escalado os reservas no último clássico Gre-Nal.

Ainda assim, o treinador merece elogios: repetiu o time que goleou o Fluminense no Rio de Janeiro. Não inventou. Fez o óbvio e colheu um ótimo resultado.

O entrosamento, que foi tão debatido após a derrota para o Huachipato, está começando a aparecer. O toque de bola apareceu e as jogadas mais trabalhadas passaram incorporar o repertório tricolor. A boa notícia para os gremistas é que esta foi apenas a sexta partida deste time. As perspectivas são as melhores possíveis.

Foto: Reprodução
Lamentável foi a depredação do estádio. Diversas cadeiras foram quebradas por vândalos. É inacreditável como supostos torcedores têm coragem de destruir o patrimônio do próprio clube.

Os autores deste desserviço, mais uma vez, seriam pessoas ligadas à Geral do Grêmio. Os mesmos responsáveis pelas brigas que acontecem em todos os jogos do clube.

terça-feira, 5 de março de 2013

Vitória ou vitória


O Caracas já ganhou 11 campeonatos venezuelanos. Desde 2000 foram 7 conquistas que alçaram o time da capital a posição de maior campeão daquele país.

Depois de 4 anos, Grêmio e Caracas se reencontrarão na noite desta terça-feira. Em 2009, os dois clubes se enfrentaram nas quartas-de-final da Copa Libertadores. Naquela oportunidade, o Caracas fazia sua melhor campanha na competição. Foram dois empates e o Grêmio avançou pelo saldo qualificado.

O Grêmio tem a obrigação de vencer. Nenhum outro resultado interessa. Precisa encurralar o adversário desde o primeiro minuto de jogo e ter paciência para superar a retranca dos venezuelanos.

segunda-feira, 4 de março de 2013

O associado em segundo plano


Abaixo, palavras de Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-Alegrense.

"Hoje, o anel superior é todo feito para a migração do Grêmio, com exceção de pequena parte de visitantes."

A Arena Porto-Alegrense contrariou uma tendência de sucesso no futebol mudial. Deixou de valorizar o associado e passou a apostar nos torcedores de ocasião, aqueles gremistas . Reservou para os seus torcedores mais fiéis área mais distante do campo.

Veja bem: ao invés da valorizar o sócio (aquele contribuinte mensal que investe no clube, aquele que faz todos os tipos de esforços para manter sua mensalidade em dia, aquele que canta o tempo inteiro), os responsáveis pela gestão da Arena fizeram exatamente o contrário. Ofereceram para estes gremistas o setor mais desvalorizado do novo estádio.

Os argumentos de que foram mantidos exatamente os mesmos preços e de que a visibilidade neste setor é superior a de qualquer lugar do Olímpico são tão absurdos quanto os muros que desabaram com a avalanche.

Primeira pessoa


Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-Alegrense, e Eduardo Antonini, presidente da Grêmio Empreendimentos, concederam entrevista neste final de semana ao jornal Zero Hora para esclarecer o que está acontecendo na Arena.

Em diversas passagens da entrevista, Eduardo Pinto fala na primeira pessoa, como se fosse o proprietário da Arena.

"Bom, estava vazio porque as pessoas que têm direito a ir lá não compareceram ao jogo. Mas o lugar é delas, está garantido. Não posso vender esses ingressos. Em breve, quero vender tudo. Terei muito pouco para vender em bilheteria. O programa de preço foi estabelecido com o Grêmio, com estudos."

Fica bastante claro que o Grêmio não terá autonomia alguma dentro dos próximos anos. Por 20 anos, o tricolor será refém de aventureiros em gestão de estádios.

Se, neste negócio, o principal objetivo da OAS é maximizar o lucro, o Grêmio, por outro lado, desejava oferecer maior conforto para os torcedores de forma a encher o estádio e melhorar a performance dentro de campo.

Desejava, porque da união destas duas grandes instituições nasceu a Arena Porto-Alegrense. Empresa gerida por Eduardo Pinto, um mineiro aventureiro sem ligação alguma com o Grêmio e que sempre deixou bem claro que seu objetivo como presidente é maximizar o faturamento.

O que mais impressiona é que, pela lógica, se a OAS é a responsável pela construção do estádio, o Grêmio deveria ser o responsável por administrar o estádio. Afinal de contas, são mais de 100 anos de experiência, um grupo seleto de profissionais capacitados e um know-how diferenciado.

Mas, não. O Grêmio abriu mão de tudo. Até mesmo da decisão de onde deseja jogar.