terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Titulares ou reservas?


Contrariando as suas próprias palavras, Luxemburgo escalou os reservas para disputar o Gre-Nal. Em entrevista coletiva, após a derrota para o Huachipato, na Arena, o treinador havia afirmado que os jogadores precisavam jogar juntos mais vezes para ganhar entrosamento. 

Nove dias separavam o Gre-Nal da partida contra o Caracas, que será disputada em casa. Havia tempo suficiente, portanto, para descansar e treinar. Parece que os motivos que levaram Luxemburgo a escalar os reservas foram outros.

O Grêmio começou a semana em alta. Tocou 3x0 no Fluminense em pleno Engenhão. Perder para o Internacional poderia colocar a autoestima tricolor ladeira abaixo. E se vencesse a partida, o Grêmio, muito provavelmente, jogaria com time misto nas fases finais da Taça Piratini.

O torcedor tem todo direito de reclamar, pois colocar o time reserva acaba desqualificando o espetáculo. Por outro lado, o Grêmio deve ter um planejamento para o futebol e, colocar os reservas, deve fazer parte deste projeto.

Eu acho que o time tem que entrar com a equipe titular quase sempre. Tem que ficar com a corda esticada. Em futebol, o planejamento deve ser revisto a cada final de semana, e, por isso, não faz sentido o treinador vir a público dizer que eles estão seguindo um planejamento que foi estabelecido no início da temporada.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fluminense 0 x 3 Grêmio


O Futebol a Granel ainda está em férias.

Quem teve a oportunidade de assistir a partida entre Grêmio e Fluminense, no Engenhão, pela segunda rodada da Libertadores da América 2013, viu um Grêmio com cara de Grêmio.

Não importa se os jogadores são de grife ou não, se o salário é alto ou baixo ou, até mesmo, se eles são gaúchos. Para jogar no Grêmio é preciso ter raça e vontade. Não pode desistir de nenhuma jogada. Não pode tirar o pé de nenhuma dividida.

Aposto que foi isso que Fábio Koff cobrou do seu elenco antes dessa partida: podemos até perder, mas que seja correndo incansavelmente por 90 minutos.

Fernando entrou, ajeitou a defesa e deu segurança para Souza sair jogando. É titular incontestável.

Barcos dispensa comentários. Participou nas jogadas dos três gols. É o legítimo 9.

André Santos fez boas jogadas e em breve deve estar adaptado. Vargas foi apenas razoável: marcou um gol , mas ainda parece sentir a falta de entrosamento. Zé Roberto começou tímido, mas se soltou na segunda etapa. Elano definitivamente não tem bom preparo físico, mas compensa no chute de fora da área e na bola parada. Werley e Cris não deram chances para o ataque adversário. Dida não trabalhou e Pará mostrou a disposição de sempre.

O treinador Luxemburgo fez o óbvio. Montou exatamente a mesma equipe, sacando Adriano. 

E, se continuar fazendo o óbvio, o Grêmio é candidato ao título.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Grêmio 1 x 2 Huachipato


O Futebol a Granel está de férias, mas, diante da partida de ontem, alguns comentários são necessários.

PELA VOLTA AO OLÍMPICO

Diferentemente do técnico, acredito que a volta para o Olímpico deve ocorrer por outros motivos

A Arena ainda não está pronta. As vias de acesso necessitam de investimentos, o estádio precisa ser concluído, o gramado deve ser repensado (talvez foi escolhida a grama errada?), o estacionamento está completamente desorganizado, os funcionários designados para orientar os torcedores não sabem dar informações, os bares e banheiros precisam ter melhores condições de higiene, metade dos torcedores sentados nas cadeiras gramado (269,00 mensais ou 120,00 por jogo) incrivelmente ficaram na chuva, etc.

Elevar as mensalidades para preços exorbitantes sem oferecer condições mínimas é um tiro no pé. O torcedor é um apaixonado pelo clube, mas não é palhaço. A inauguração do estádio ocorreu há praticamente dois meses e até hoje não foi realizada uma limpeza adequada.

O Olímpico, por outro lado, é razoavelmente confortável e é a verdadeira casa dos gremistas. Lá conquistamos muitos títulos. Volta, Olímpico.

Vamos jogar a última Libertadores no velho casarão e levantar mais uma taça.

EM CAMPO

É verdade que o gramado da Arena está em péssimas condições, porém isso não é justificativa para a desastrosa atuação diante do chileno Huachipato. Fábio Koff foi sábio ao reconhecer que sim, o gramado não estava em boas condições, mas que o time precisa mudar muito para ser campeão de uma Libertadores.

Os grandes times do Grêmio não começaram a jogar bem do dia para a noite. Foi assim com aquele time multicampeão do Felipão e com a máquina montada por Tite em 2001.

AS ESTREIAS

Barcos foi bem. Acabou de desembarcar, vestiu a camisa e, em sua primeira partida, foi o melhor em campo. Os demais não foram bem. Mas com apenas uma partida não dá para tirar conclusão alguma.

O TÉCNICO

Luxemburgo é um bom treinador para administrar um time com tantas estrelas como o Grêmio.

Mas precisa mudar algumas coisas. Mais uma vez decidiu inovar em jogo decisivo, mesmo motivo que eliminou o Grêmio de quatro competições na última temporada.

Até agora ninguém conseguiu entender por que sacar Fernando e colocar o recém-chegado Adriano. Alex Telles também deveria ter continuado. Não dá para mexer em tantas peças de um jogo para o outro, senão o time não consegue trocar passes.