quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Que venha o Corinthians


O Grêmio fez mais uma bela atuação, desta vez diante do Santos. Em um "acidente de percurso" - conforme definição de Portaluppi - a equipe levou um gol com mais de 40 minutos do segundo tempo no jogo de ida. Entretanto, com muita vontade e superação, o Grêmio teve paciência (e sorte) para construir o resultado de 2x0.

Time que está ganhando não se mexe. Mesmo precisando do resultado de 2x0 para avançar, Portaluppi agiu de forma correta e manteve a equipe que vinha jogando (com três zagueiros e três volantes). Decisão esta que contrariou toda crítica esportiva do estado.

O zagueiro Bressan. Trata-se de um bom zagueiro, mas que atravessa uma má fase. Parece que o jogador perdeu segurança, característica que é indispensável para goleiros e jogadores de defesa. O pior é que a situação parece estar se agravando haja vista a sequência de erros.

O uruguaio Maxi Rodríguez. É bom jogador, mas não foi bem nas últimas partidas. Ontem, contra o Santos, abusou dos erros e não conseguiu dar sequência a nenhuma jogada. Apesar das poucas atuações, já foi possível perceber que o drible curto não é uma de suas virtudes. Atua melhor fazendo passes longos, justificando sua condição de "enganche". Também acho que ele necessita de um trabalho específico para reforço muscular.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O resultado foi injusto


Foi falta de sorte. A mesma sorte que foi decisiva nos últimos resultados do Grêmio, parece não ter acompanhado a equipe na partida em Santos. Aquela velha máxima do futebol prevaleceu: "quem não faz, leva".

Foto: Reprodução
Ao contrário de muitos que culparam o Renato Portaluppi pela derrota, acredito que o treinador não teve influência negativa no resultado. O gol do Santos saiu logo após a substituição do atacante Kléber por Matheus Biteco, mas certamente não foi por causa da mudança que saiu o gol. A verdade é que aquela bola não poderia ter chegado nos pés do atacante santista e, caso chegasse, deveria ter um zagueiro dando cobertura e outra em cima dele.

Bressan é o cara que deveria estar em cima do santista, mas, antes passar a culpa unicamente para o jovem zagueiro, é preciso verificar a ação dos outros dois zagueiros gremistas. Werley deixou Montilo passar na sua frente e receber a bola, enquanto Rhodolfo viu a bola passar devagar e rasteira na sua frente. Definitivamente foi uma falha coletiva.

O time criou boas oportunidades, mas faltou a definição. Barcos, Kléber e Souza tiveram claras oportunidades para marcar. No jogo de volta, semana que vem na Arena, o Grêmio terá a oportunidade de eliminar o Santos.

O Grêmio deve apostar na sua tradição neste tipo de competição e jogar com tudo a próxima partida, pois tenho convicção que este time pode avançar.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Mais uma vitória


O Grêmio venceu o Cruzeiro, mas não convenceu. Até a expulsão do volante mineiro, o jogo estava complicado. Dida já havia defendido um pênalti e o tricolor pouco criava. O resultado de 3x1 foi construído na segunda etapa e, mais uma vez, deve-se a alta eficiência do ataque, que aproveitou as poucas oportunidades que teve.

Maxi não foi bem. O uruguaio teve dificuldades para dar prosseguimento nas jogadas e colocou uma pulga atrás da orelha dos torcedores: será que se trata mesmo de um bom jogador? Esta foi sua primeira oportunidade como titular.

Não podemos omitir o fato de que o uruguaio era o único jogador responsável pela criação de jogadas. Ainda que Ramiro e Souza tenham uma saída de bola bastante razoável, jogar com apenas um meia mais avançado geralmente não dá certo.

Foi possível constatar que o ponto forte de Maxi são os passes e lançamentos em profundidade. É por este motivo que defendo um meio campo com Zé Roberto e Maxi, parece que os dois jogadores se completam.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Para enganar


Os 3x0 aplicados pelo Grêmio no Bahia são tão, ou mais, enganosos que o resultado de 3x0 contra o Fluminense no início do ano. O primeiro tempo foi sofrível, com inúmeras chances claras de gol para o Bahia. Enquanto isso, o Grêmio não conseguia transpor o meio campo e as jogadas de ataque não existiam.

No segundo tempo, tudo mudou. A postura do Grêmio mudou. O time conseguiu criar algumas jogadas e passou a ter mais segurança na defesa. Os três gols marcados foram consequência do alta eficiência dos arremates e da coragem de Riveros. O paraguaio poderia ter perdido todos os dentes da boca no lance do gol. Vai servir de exemplo para os colegas.

Mais do que bom futebol, o Grêmio teve sorte. A mesma sorte que vem faltando durante toda a temporada. Na derrota para o Coritiba, por exemplo, o tricolor colocou bola na trave e perdeu gols feitos. Naquela oportunidade quem teve sorte foi a equipe do Paraná, que não fez boa partida, mas ganhou os três pontos.

E o Luxemburgo? Perdeu mais um clássico. Aliás, alguém consegue explicar como um time contrata um treinador que já declarou ter o sonho de ser presidente do grande rival?

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Elano


O Grêmio poderia tentar envolver o meia Elano em alguma negociação. Não sei se este jogador ainda tem mercado, mas por ter sido o craque da seleção da última Copa - disputada há três anos - talvez possa ser uma boa moeda de troca.

A verdade é que Elano não tem preparo físico suficiente para jogar em alto nível. Após sofrer com lesões em série, ele já teve tempo para se recondicionar. Não consegue, é impressionante. Algum dia alguém deve esclarecer este mistério. Já ouvi todo o tipo de explicação. Há, inclusive, aquelas mais intrigantes.

Por outro lado, as esperanças estão totalmente depositadas em Maxi. O uruguaio é de uma motivação singular. A dúvida é: qual estrangeiro sacrificar?

Barcos não vem jogando nada. Mas, é o camisa 9, a referência... Não há substituto no banco de reservas. Riveros desembarcou e virou titular. Até o momento, não há como contestar esta condição. Sobrou Vargas. Parece que o chileno vai ter que esperar outra oportunidade.

Acho que Vargas seria a melhor companhia para Barcos, mas, devido a limitação de estrangeiros, deve ficar de fora. Não é possível que o Grêmio não tenha um jogador jovem que possa fazer aquela "correria" no ataque que o Kleber não consegue. E o Mamute? E o Paulinho que entrou no final do último jogo?

domingo, 4 de agosto de 2013

O clássico


Clássicos de inauguração ou de despedida são sempre mais nervosos. Ninguém quer perder. No último Gre-Nal do estádio Olímpico, o Internacional acabou com dois jogadores a menos. No primeiro clássico da Arena, o irmão mais novo repetiu a dose: mais duas expulsões.

O Gre-Nal de inauguração do estádio Olímpico foi 6x2 para o Inter. Isto em 1954. Quase 60 anos depois, Grêmio e Internacional apostaram em estratégias mais recuadas para superar o rival. Como é raro o clássico acabar com um placar diferente do tradicional 1x1. Ou, talvez, 2x1.

Mas, vamos para o jogo. O árbitro realmente foi mal e as críticas procedem. O Grêmio carece de armadores eficientes. Elano já provou ser um baita jogador, mas cada vez estou mais convencido que se trata de um ex-jogador.

Maxi entrou no meio da segunda etapa e mostrou, em quatro passes, porque se trata de um bom enganche. Fez passes precisos para os atacantes e por pouco não colocou o Grêmio em vantagem. A amostra foi boa. Deve ser titular na próxima partida.

Alex Telles foi, mais uma vez, muito bem. Entretanto, não há como deixar de falar na jogada do gol de empate do Inter. O jogador colorado avançou pelo lado esquerdo da defesa tricolor e ninguém colocou o pé na frente. Incrível! Contra o Corinthians foi parecido. Atenção!

E o Gre-Nal foi isso: pouco futebol e muita reclamação. Como sempre.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Oscilando


O Grêmio oscila. Alterna bons momentos com erros coletivos a todo o instante. Se o ataque não funciona, a defesa sofre com erros de posicionamento e falhas individuais. Enquanto isso, o meio de campo depende da vitalidade de Zé Roberto.


Kleber, o gladiador, marcou gol nos últimos jogos. Acho, entretanto, que ele não é o companheiro ideal para Barcos. Ao lado do argentino, o ideal seria um atacante de velocidade e não um trombador. Vargas é quem se encaixa melhor neste ataque, mas foi deixado no banco – com toda justiça – por ter sido expulso contra o Criciúma.


No início da semana escrevi que o único jogador que não poderia ser deixado em Porto Alegre era o uruguaio Maxi Rodríguez. Que falta fez Maxi lá em São Paulo. O uruguaio, inclusive, é um dos cotados para começar como titular o Gre-Nal. Biteco foi uma decepção.