terça-feira, 30 de julho de 2013

Novo indicador


Sejam quais forem as condições estabelecidas entre as partes, a contratação do treinador Vanderlei pelo Fluminense atesta, mais uma vez, a incompetência gerencial dos grandes clubes brasileiros.

Na verdade, este fenômeno não é exclusividade brasileira. A má gestão dos clubes de futebol já provocou a falência de grandes clubes espalhados por todo o mundo. Algumas soluções vêm sendo implementadas, como a formação de clubes-empresa e, neste caso, os clubes passam a ter como finalidade o lucro financeiro.

Mas há como culpar os dirigentes por esta situação crítica? Em parte, afinal de contas, nós, torcedores, avaliamos o desempenho dos cartolas levando em consideração apenas os resultados dentro de campo.

O que é injustificável é pagar 1 milhão por um jogador de futebol, 500 mil para um treinador, 5 milhões em uma recisão de contrato, 150 mil para um preparador físico, etc.

Está mais do que na hora de adicionar outro indicador de avaliação: finanças.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O retorno


Renato terá que deixar algum estrangeiro de fora na partida contra o Corinthians em SP. Seja qual for o escolhido, este não deve ser Maxi Rodríguez. O uruguaio é a única peça além de Guilherme Biteco que joga mais avançado no meio de campo. Maxi ainda não fez uma grande partida, mas Elano definitivamente parece não ter preparo físico suficiente.

Ramiro, o volante de baixa estatura vindo do Juventude, está aproveitando muito bem as oportunidades. Sua maior virtude são os passes precisos para os atacantes, o que representa mais uma jogada para definição. Fala-se muito bem do goleiro Follmann.

Lamentável mesmo foi a atuação da BM instantes antes da partida contra o Fluminense. Que ação desproporcional com um cidadão machucado.

terça-feira, 25 de junho de 2013

A seleção do Felipão


Felipão é um especialista em Copas. Praticamente todos os títulos que conquistou (ou chegou perto de conquistar) foram neste tipo de disputa.

Nesta Copa das Confederações, a seleção do Felipão fez algo que a equipe comandada por Mano Menezes jamais conseguiu. O time de Mano não fez um bom jogo sequer durante a última Copa América. É bem verdade que jogar em casa faz diferença - e temos diversos exemplos que comprovam a tese - mas esta seleção tem algo a mais.

Quando foi campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, Felipão havia assumido a seleção apenas um ano antes. Entre as Copas de 1998 e 2002 houve grande oscilação e Felipão foi definido como técnico após as demissões de Vanderlei Luxemburgo e Leão. A seleção chegou a correr o risco de não se classificar para a Copa.

Ao seu lado está Carlos Alberto Parreira. Não o acho bom técnico, mas quem não sabe escalar aquela seleção de 94? Era um baita time de futebol. Não vinha bem nas eliminatórias, mas também entrou na Copa e foi campeã eliminando grandes adversários.

O que dizer daquela Holanda que foi despachada com um golaço de falta do Branco. E a desviada milimétrica de Romário para a bola entrar? E o primeiro gol marcado por Romário após cruzamento sob medida de Bebeto? Bebeto que, por sinal, comemorou o gol de forma emblemática (balançando o bebê).

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Vivendo e aprendendo


O Grêmio começou mal a partida contra o São Paulo. Ao invés de promover a escalação de Biteco, Luxemburgo, mais uma vez, tirou um coelho da cartola. Ou, pelo menos, tentou. O treinador se recusa a admitir que errou ao entrar com três atacantes e a explicação é muito simples: ele nunca erra.

Welliton é lamentável. O dito "velocista" não consegue uma vitória pessoal, além de não ter bom arremate. Talvez fosse melhor testá-lo em uma outra posição. Seus companheiros de ataque, Kléber e Barcos, também não foram bem.

Haviam passado menos de 20 minutos do primeiro tempo quando tive a sensação de que aquele seria o último jogo de Luxa. O ambiente não era nada bom: dentro de campo, o decadente São Paulo controlava todas as ações do Grêmio, enquanto nas arquibancadas, parte da torcida parecia mais preocupada em provocar a Brigada Militar do que apoiar o time. Da mesma forma como um adolescente se rebela diante do controle de seus pais.

Luis Fabiano marcou o gol dos paulistas e o primeiro tempo chegava ao fim. As vaias tomaram conta da Arena. Poucos jogadores arriscaram falar algo na ida para o vestiário.

No segundo tempo, as entradas de Elano e Biteco deram outra cara para o Grêmio. Mesmo tendo buscado o empate e quase a vitória, permaneci convicto de que Luxemburgo seria demitido. Eis então que Fábio Koff me surpreende.

O presidente gremista fez questão de conversar com os repórteres antes da entrevista coletiva do técnico e, acabando com todas as especulações, deixou bem claro que Luxemburgo é o seu treinador. Agora eu pergunto: será que alguém pode criticar alguma decisão de Fábio Koff?

Eu mudei de opinião. Tratei de racionalizar a situação tão logo ouvi as palavras de Koff.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Confuso


Eram 18h45 quando o repórter Luís Henrique Benfica publicou na página principal do ZH Esportes a seguinte manchete: "Sem convicção, Grêmio adia anúncio oficial sobre Luxemburgo e confunde torcida". Ao longo do texto, o referido repórter acrescenta:

"Fica a impressão de que a direção, ao não falar nada, varre o mercado em busca de um substituto para só então dizer que Luxemburgo sairá. Caso não encontre ninguém disponível, convocará entrevista coletiva e afirmará que jamais pensou em demissão".

Bastaram 90 minutos para que, o mesmo site, passasse a publicar: "Após reunião, Grêmio anuncia manutenção de Luxemburgo como técnico". Lamentável. Não é a minha intenção criticar esses profissionais, que são de suma importância para nossa sociedade. Mas, agora, eu pergunto: o Grêmio confundiu quem? A torcida ou o repórter?

Para quem não sabe, psicótico é aquele que cria uma outra realidade para lidar com o mundo externo.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Avaliação de Luxemburgo


Acho bastante temerário fazer qualquer ponderação sobre a permanência ou não do treinador Vanderlei Luxemburgo. Basear-se apenas nos resultados dentro de campo acaba enviesando uma decisão que é muito mais complexa do que parece.

O processo de tomada de decisão envolve uma série de fatores que devem ser considerados e ponderados para que o responsável - neste caso, o presidente Koff - possa, por fim, definir uma ação. É por este motivo que não vai ser a multa recisória, os "bruxos" de Luxemburgo no plantel ou a saída de toda comissão técnica que vai definir a permenência do técnico.

E, é também, por este motivo, que Koff é um presidente diferenciado. Ele sabe como poucos ponderar as situações.

O único problema é que Koff não pode estar em todos os lugares do clube ao mesmo tempo. Sendo assim,  torna-se ainda mais importante uma opinião qualificada dos dirigentes indicados pelo presidente, em especial daqueles diretamente ligados ao futebol.