sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Os grandes treinadores


Os grandes treinadores - aqueles com mais grife, quer dizer - estão sofrendo com os maus resultados. Mano, Luxa, Muricy, Abel e Autuori, apenas para citar alguns, não vêm fazendo bons trabalhos à frente dos maiores clubes brasileiros. Enquanto isso, Marcelo Oliveira, Oswaldo de Oliveira, Renato Portaluppi e Vagner Mancini lideram o Campeonato Brasileiro.

O pedido de demissão de Mano Menezes assinala o poder que o treinador detém no futebol brasileiro. Sendo os contratos firmados de prazo determinado, quem rompe deve pagar metade do valor restante à outra parte.

A temporada se aproxima da reta final e os clubes terão uma boa oportunidade para repensar suas estratégias. Será que vale a pena investir tanto dinheiro em um treinador? O que eles podem oferecer a mais que os outros? Talvez seja um bom momento de lembrar da lei da oferta e demanda...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O equilíbrio dos pontos corridos


O Cruzeiro acaba de abrir sete pontos de vantagem para o segundo colocado do Campeonato Brasileiro. Apesar de ter transcorrido pouco mais da metade do campeonato, a disputa está prestes a encerrar. Se continuar com esse aproveitamento (74,2%), iremos conhecer o campeão brasileiro de 2013 ainda em outubro.

Ao longo das 38 rodadas, 19 partidas são disputadas em casa, enquanto 19 são realizadas fora. O campeonato, ainda, tem jogos nos finais de semana e durante a semana.

É natural que, para manter o equilíbrio da competição, metade das partidas em casa deveriam ser realizadas no final de semana e, a outra metade, à noite durante a semana. Coerentemente, os jogos fora também deveriam seguir a mesma lógica.

A Tabela abaixo apresenta um breve resumo das partidas do Grêmio no Campeonato Brasileiro de 2013.

Trago dois questionamentos para elucidar a Tabela:

- Por que 9 dos 12 jogos disputados no meio da semana são em casa?

- Por que apenas 3 dos 19 jogos disputados fora de casa são durante a semana?

Isso é coerência? Isso é equilíbrio?

Um estudo maior, envolvendo todas as equipes, certamente evidenciaria quem ganha e quem perde com isso.

Em queda?


Desde que completou 110 anos, no último dia 15, o Grêmio ainda não sabe o que é vitória. Perdeu cinco pontos em casa, deixou o Cruzeiro abrir 11 pontos de vantagem e distanciou-se do título. Permanece no G3, mas acho que, neste momento, deve-se priorizar a Copa do Brasil.

Parece que a volta dos jogadores mais experientes não fez bem para o Grêmio. Elano marcou o gol contra o Santos, entretanto tenho a impressão que ele não tem mais lugar nem no banco de reservas. Aliás, se o Marcelo Grohe tivesse tomado aquele gol de fora da área, certamente estaria sendo chamado de "braços curtos".

Temos muitos jovens no plantel e, certamente, grande parte deles não é craque. Ainda assim, prefiro apostar nos jovens, pois estes se entregam mais. Jogam com mais vontade. Tem mais ambições.

Bastaram dois resultados negativos para o esquema ser novamente questionado. Acho que Ramiro fez falta, pois ele dá uma maior movimentação para o meio de campo. Projetando a equipe com três zagueiros, acho que, neste momento, o mais natural seria a saída de Souza para o ingresso de Ramiro.

E, ficaríamos assim: Dida; Gabriel, Rodholfo e Bressan; Pará. Riveros, Ramiro, Zé Roberto e Alex Telles; Kléber e Barcos.

Ontem, Renato poderia ter tentado Wendell no lugar de Alex Telles. Não tentou. Preferiu colocar Elano, Vargas e Mamute.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

21 em 24


Mais uma vitória. E, desta vez, o rival foi dominado durante toda a partida. O Náutico, lanterna da competição, acumula 14 derrotas em 19 partidas e venceu apenas duas partidas.

Ouvi nos rádios e li nos periódicos que a vitória contra o Náutico, na Arena Pernambuco, era obrigatória. É bem verdade que, há pouco mais de um mês, o colorado foi goleado naquele mesmo estádio. Não lembro de grandes desdobramentos na época, mas, certamente, se o Grêmio não conquistasse os três pontos, teria seu futebol/esquema/técnico questionado.

O zagueiro Gabriel foi bem mais uma vez. Considero este um fato importante dada a ausência de Werley por até cinco semanas. Zé Roberto não acrescentou criatividade ao meio campo, contrariando às expectativas. Gostei muito da estreia de Wendell, mas é preciso que joguei mais vezes antes de falar maravilhas.

O segundo gol foi uma verdadeira preciosidade. Ótima combinação de Maxi e Paulinho. O uruguaio teve boa atuação, efetuando bons passes e dribles. Lembrando que, nas últimas partidas, ele não foi bem e chegou a ter seu potencial questionado.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

18 em 21


A vitória de 3x2 contra a Portuguesa ficou marcada pelo pênalti duvidoso assinalado para o Grêmio aos 35 minutos do segundo tempo. No entanto, dois lances - que não repercutiram - não foram nada duvidosos: (i) o gol mal anulado feito por Kléber quando a partida ainda estava 0x0; e (ii) o impedimento do jogador da Portuguesa na jogada de um dos gols.

Há ainda aqueles que alegam a existência de um pênalti em Kléber no primeiro tempo. Ainda, sobre o impedimento, imagens estão circulando na Internet e não deixam dúvidas.

O resultado mantém o Grêmio entre os líderes e reforça a esperança de título. São 18 pontos conquistados em 21 disputados. Renato destacou que o time não tem grandes jogadores e enalteceu a doação dentro de campo. Vitórias sem grande futebol sempre acabam despertando os críticos, que gostam de ver um futebol bonito, mesmo que sem vitória.

O Grêmio de 2013, comandado por Renato, repete a sua própria história. Joga no limite e, aos trancos e barrancos, vai avançando. Aliás, parabéns ao Renato pelos 51 anos completados hoje!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Deveria ter entrado com Zé Roberto?


Não!

Renato agiu corretamente ao escalar Matheus Biteco. Pena que o jovem volante não tem aproveitado as oportunidades em que começa como titular. O fato é que se o Grêmio tivesse perdido com Zé Roberto começando, comentaria-se que ele não deveria ter mudado o esquema que vinha dando certo. Como perdeu sem começar o jogo com o Zé, comenta-se que ele deveria ter sido escalado.

Quando o Grêmio perde é assim: os especialistas não aceitam justificativa alguma. Há um mês, só o que se falava eram as constantes mudanças de esquema promovidas por Renato. Depois, o Grêmio teve que vencer cinco consecutivas para que o esquema com três zagueiros e três volantes fosse aceito. Pois, agora, em uma demonstração de convicção, Renato mantém o esquema e é criticado.

Sobre o jogo: Barcos perdeu mais um gol feito. Gol que poderia ter colocado o placar em igualdade. As atuações de Bressan estão preocupantes, talvez seja um bom momento para alçar Gabriel à condição de titular. A falha de Dida, por sua vez, dispensa comentários.

Para finalizar: o Grêmio sempre perde para o Goiás.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Fator Renato


Renato Portaluppi é bom treinador. Com a sequência de bons resultados, também passou a ser considerado um bom estrategista pelos especialistas. Sua atuação como motivador é unanimidade, sabe formar um grupo unido como poucos.

Acho que existe um outro diferencial que não é muito lembrado. Nos treinamentos, Portaluppi comanda as atividades, orienta os jogadores e participa. Participa jogando. E joga com a 7.

Na sua primeira passagem pelo Grêmio, o que mais se comentava era que se tivesse sido contratado 5 rodadas antes, seria campeão. André Lima parecia um grande centroavante. Jonas, que nem a Portuguesa queria, virou craque. Paulão recebeu uma proposta da China. Douglas foi o legítimo 10. No ano seguinte, Gabriel passou a ter um dos maiores salários do grupo. Um a cada dois jogos, Rochemback era eleito o melhor em campo. E o que dizer de Clementino?

Portaluppi retornou e acabou de completar dois meses como treinador.