segunda-feira, 18 de março de 2013

A conta é simples


Foram consideradas três hipóteses antes da inauguração da Arena. Na otimista, o Grêmio teria que colocar entre 25.000 e 30.000 pessoas na Arena para não ter prejuízo, apenas para pagar as contas.

Na hipótese realista, 40.000. E na pessimista, mais de 45.000.

Tivemos apenas quatro jogos neste ano. E, em três deles, o público foi menor que o estimado.

Neste último sábado, contra o Lajeadense, o público foi de apenas 13.000.

Pergunta: para o Grêmio colocar seus sócios dentro da Arena, o clube tem que custear parte dos ingressos. Quando a Arena Portoalegrense decide fazer uma promoção, como está sendo feito para as cadeiras gold, o Grêmio também tem direito a um ressarcimento?

sexta-feira, 8 de março de 2013

União


A história do Grêmio é feita de muita entrega dentro de campo. Para jogar neste clube centenário é preciso raça e determinação.

Foto: Reprodução
Este ano, o grupo parece estar realmente unido e focado no título de Libertadores da América. Aliás, apesar de estar repleto de jogadores experientes, apenas Elano (2011) e o goleiro Dida (1997) já ganharam uma LA. Esta é a grande oportunidade para todos eles e, principalmente, o técnico Luxemburgo conquistarem o maior título do continente. E eles sabem disso.

Como não custa repetir, acho que futebol depende muito do plantel e das opções táticas do treinador. Mas, acima de tudo, está a motivação. A vontade de alcançar um objetivo é um diferencial e tanto para superar desafios. Acho que o Grêmio tem tudo para ir longe em 2013.

E a defesa?


Em 03 de janeiro deste ano, escrevi aqui neste espaço que não tinha boas lembranças do zagueiro Cris. Por outro lado, sua carreira na Europa foi tão grandiosa que eu devia estar errado.

Acompanhando as primeiras partidas desta temporada, a impressão não é boa. Cris tem elevado vigor físico e se doa durante os 90 minutos. Entretanto, pequenas falhas vêm colocando uma pulga atrás da orelha dos gremistas. Será este um zagueiro confiável para disputar as etapas mais decisivas da Libertadores?

Cris certamente terá muitas oportunidades para provar que sim. O problema é se não provar. Temos apenas Saimon, Bressan e Grolli no banco. São bons jogadores, mas ainda não inspiram confiança para disputar partidas tão decisivas. Talvez fosse o momento de cogitar uma contratação.

O uruguaio Coates, atualmente no Liverpool-ING, teve seu nome ventilado no início do ano. Apesar de ser jovem, já possui grande experiência. É uma excelente opção para o setor.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Grêmio vence e convence


Apesar da fragilidade do adversário, a atuação foi de luxo. O Grêmio não deixou o Caracas respirar, marcou gol logo no início da partida e mostrou que o time parece estar encaixando.

Na coletiva, logo após a partida, Luxemburgo reiterou a importância do planejamento. Foi oportunista. Tivesse o Grêmio sofrido um revés, certamente seria bastante questionado pelo fato de ter escalado os reservas no último clássico Gre-Nal.

Ainda assim, o treinador merece elogios: repetiu o time que goleou o Fluminense no Rio de Janeiro. Não inventou. Fez o óbvio e colheu um ótimo resultado.

O entrosamento, que foi tão debatido após a derrota para o Huachipato, está começando a aparecer. O toque de bola apareceu e as jogadas mais trabalhadas passaram incorporar o repertório tricolor. A boa notícia para os gremistas é que esta foi apenas a sexta partida deste time. As perspectivas são as melhores possíveis.

Foto: Reprodução
Lamentável foi a depredação do estádio. Diversas cadeiras foram quebradas por vândalos. É inacreditável como supostos torcedores têm coragem de destruir o patrimônio do próprio clube.

Os autores deste desserviço, mais uma vez, seriam pessoas ligadas à Geral do Grêmio. Os mesmos responsáveis pelas brigas que acontecem em todos os jogos do clube.

terça-feira, 5 de março de 2013

Vitória ou vitória


O Caracas já ganhou 11 campeonatos venezuelanos. Desde 2000 foram 7 conquistas que alçaram o time da capital a posição de maior campeão daquele país.

Depois de 4 anos, Grêmio e Caracas se reencontrarão na noite desta terça-feira. Em 2009, os dois clubes se enfrentaram nas quartas-de-final da Copa Libertadores. Naquela oportunidade, o Caracas fazia sua melhor campanha na competição. Foram dois empates e o Grêmio avançou pelo saldo qualificado.

O Grêmio tem a obrigação de vencer. Nenhum outro resultado interessa. Precisa encurralar o adversário desde o primeiro minuto de jogo e ter paciência para superar a retranca dos venezuelanos.

segunda-feira, 4 de março de 2013

O associado em segundo plano


Abaixo, palavras de Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-Alegrense.

"Hoje, o anel superior é todo feito para a migração do Grêmio, com exceção de pequena parte de visitantes."

A Arena Porto-Alegrense contrariou uma tendência de sucesso no futebol mudial. Deixou de valorizar o associado e passou a apostar nos torcedores de ocasião, aqueles gremistas . Reservou para os seus torcedores mais fiéis área mais distante do campo.

Veja bem: ao invés da valorizar o sócio (aquele contribuinte mensal que investe no clube, aquele que faz todos os tipos de esforços para manter sua mensalidade em dia, aquele que canta o tempo inteiro), os responsáveis pela gestão da Arena fizeram exatamente o contrário. Ofereceram para estes gremistas o setor mais desvalorizado do novo estádio.

Os argumentos de que foram mantidos exatamente os mesmos preços e de que a visibilidade neste setor é superior a de qualquer lugar do Olímpico são tão absurdos quanto os muros que desabaram com a avalanche.

Primeira pessoa


Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-Alegrense, e Eduardo Antonini, presidente da Grêmio Empreendimentos, concederam entrevista neste final de semana ao jornal Zero Hora para esclarecer o que está acontecendo na Arena.

Em diversas passagens da entrevista, Eduardo Pinto fala na primeira pessoa, como se fosse o proprietário da Arena.

"Bom, estava vazio porque as pessoas que têm direito a ir lá não compareceram ao jogo. Mas o lugar é delas, está garantido. Não posso vender esses ingressos. Em breve, quero vender tudo. Terei muito pouco para vender em bilheteria. O programa de preço foi estabelecido com o Grêmio, com estudos."

Fica bastante claro que o Grêmio não terá autonomia alguma dentro dos próximos anos. Por 20 anos, o tricolor será refém de aventureiros em gestão de estádios.

Se, neste negócio, o principal objetivo da OAS é maximizar o lucro, o Grêmio, por outro lado, desejava oferecer maior conforto para os torcedores de forma a encher o estádio e melhorar a performance dentro de campo.

Desejava, porque da união destas duas grandes instituições nasceu a Arena Porto-Alegrense. Empresa gerida por Eduardo Pinto, um mineiro aventureiro sem ligação alguma com o Grêmio e que sempre deixou bem claro que seu objetivo como presidente é maximizar o faturamento.

O que mais impressiona é que, pela lógica, se a OAS é a responsável pela construção do estádio, o Grêmio deveria ser o responsável por administrar o estádio. Afinal de contas, são mais de 100 anos de experiência, um grupo seleto de profissionais capacitados e um know-how diferenciado.

Mas, não. O Grêmio abriu mão de tudo. Até mesmo da decisão de onde deseja jogar.