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segunda-feira, 4 de março de 2013

O associado em segundo plano


Abaixo, palavras de Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-Alegrense.

"Hoje, o anel superior é todo feito para a migração do Grêmio, com exceção de pequena parte de visitantes."

A Arena Porto-Alegrense contrariou uma tendência de sucesso no futebol mudial. Deixou de valorizar o associado e passou a apostar nos torcedores de ocasião, aqueles gremistas . Reservou para os seus torcedores mais fiéis área mais distante do campo.

Veja bem: ao invés da valorizar o sócio (aquele contribuinte mensal que investe no clube, aquele que faz todos os tipos de esforços para manter sua mensalidade em dia, aquele que canta o tempo inteiro), os responsáveis pela gestão da Arena fizeram exatamente o contrário. Ofereceram para estes gremistas o setor mais desvalorizado do novo estádio.

Os argumentos de que foram mantidos exatamente os mesmos preços e de que a visibilidade neste setor é superior a de qualquer lugar do Olímpico são tão absurdos quanto os muros que desabaram com a avalanche.

Primeira pessoa


Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-Alegrense, e Eduardo Antonini, presidente da Grêmio Empreendimentos, concederam entrevista neste final de semana ao jornal Zero Hora para esclarecer o que está acontecendo na Arena.

Em diversas passagens da entrevista, Eduardo Pinto fala na primeira pessoa, como se fosse o proprietário da Arena.

"Bom, estava vazio porque as pessoas que têm direito a ir lá não compareceram ao jogo. Mas o lugar é delas, está garantido. Não posso vender esses ingressos. Em breve, quero vender tudo. Terei muito pouco para vender em bilheteria. O programa de preço foi estabelecido com o Grêmio, com estudos."

Fica bastante claro que o Grêmio não terá autonomia alguma dentro dos próximos anos. Por 20 anos, o tricolor será refém de aventureiros em gestão de estádios.

Se, neste negócio, o principal objetivo da OAS é maximizar o lucro, o Grêmio, por outro lado, desejava oferecer maior conforto para os torcedores de forma a encher o estádio e melhorar a performance dentro de campo.

Desejava, porque da união destas duas grandes instituições nasceu a Arena Porto-Alegrense. Empresa gerida por Eduardo Pinto, um mineiro aventureiro sem ligação alguma com o Grêmio e que sempre deixou bem claro que seu objetivo como presidente é maximizar o faturamento.

O que mais impressiona é que, pela lógica, se a OAS é a responsável pela construção do estádio, o Grêmio deveria ser o responsável por administrar o estádio. Afinal de contas, são mais de 100 anos de experiência, um grupo seleto de profissionais capacitados e um know-how diferenciado.

Mas, não. O Grêmio abriu mão de tudo. Até mesmo da decisão de onde deseja jogar.