sexta-feira, 13 de junho de 2014

Foi dada a largada


Finalmente iniciou a Copa do Mundo do Brasil. Depois de muitos atrasos e protestos, Brasil e Croácia fizeram o jogo de estreia diante de um estádio completamente lotado.

A partida foi fraca, sem grandes emoções. O Brasil mantinha pleno controle da posse de bola, mas sem conseguir entrar na defesa adversária. Enquanto isso, a Croácia escapava com perigo nos contra ataques, até que, aos 27 minutos, Marcelo jogou contra e marcou o primeiro gol para os croatas.

Na sequência, em três jogadas individuais o Brasil conseguiu a virada:

(i) aos 28 minutos em um chute certeiro de Neymar de fora da área;
(ii) aos 23 minutos do 2º tempo em um pênalti cavado por Fred - lembrou muito aquele pênalti cavado por Luizão em 2002;
(iii) e, aos 45 minutos finais em um belo chute de Oscar.

Em síntese, o Brasil manteve a partida sob controle, mas os gols saíram em lances isolados. O ponto positivo disso tudo é que a seleção brasileira tem jogadores capazes de fazer a diferença, de resolver nos momentos complicados.

A tendência é que o coletivo apareça durante a competição, conforme a equipe vá avançando.

O Brasil é um time apenas mediano, pois não possui grandes craques. É evidente que são todos bons jogadores, mas fora o Neymar não há outro jogador "extraclasse". Talvez o Oscar seja alguém que se aproxime desta condição... É um time com a cara do Felipão.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Projeto Grêmio


Desde que Fábio Koff assumiu a presidência do Grêmio, em 2013, parece que todas as suas energias estiveram voltadas para a Arena. As intervenções do presidente no departamento de futebol foram esporádicas, no sentindo de evitar que qualquer grande crise se instalasse no vestiário.

Deu plenos poderes para os dois homens do futebol, Rui Costa e Marcos Chitolina, na esperança de que, apesar da pouca experiência, ele conseguissem tirar o time da fila. Até agora não deu certo.

Aparentemente, nesta segunda-feira, Fábio Koff obteve sua primeira grande conquista nesses quase 18 meses de gestão. Após longas  e complicadas negociações, Grêmio e OAS finalmente chegaram a um denominador comum e assinaram um novo aditivo.

Ao lançar o "Projeto Grêmio", Koff devolve ao gremista a esperança de ser tratado como torcedor e não como mais um cliente.

É bem verdade que a dívida assumida com a construtura baiana permanece a mesma, o que muda são as condições do negócio. Os baianos parecem ter percebido que a gestão de estádios de futebol exige um know-how que eles não possuem.

Alguém viu alguma placa publicitária na Arena? Por que ninguém locou os espaços disponíveis ao redor do estádio? E os camarotes que estão sempre vazios?

Os planos de fidelização, de anúncios, de locação, etc. lançados pelos baianos foram tão mal elaborados, que só os torcedores aderiram. 

Ainda no ano passado foi comentado aqui, neste espaço, que quem realmente estava ganhando dinheiro com a Arena eram as terceirizadas. Grêmio e OAS encerraram 2013 literalmente no vermelho.

É por esses e outros motivos que eu  acredito no "Projeto Grêmio".

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Sem direção


Barcos perdeu um gol feito contra o Palmeiras, mas isso não é nenhuma novidade. O problema é que isso está acontecendo com todos os jogadores. São muitos gols perdidos, muitas jogadas desperdiçadas e, sobretudo, muito desgaste sem objetividade.

Nesta perspectiva chegamos ao treinador. Será que Enderson Moreira está treinando finalizações? Como ele está orientando os jogadores quanto às jogadas de ataque?

Vamos voltar ao ano passado. Com Renato, o Grêmio também não fazia boas partidas, mas, nas poucas oportunidades que tinha, colocava a bola no fundo das redes.

É natural que as críticas recaíam sobre o centroavante, afinal ele é o cara que recebe um baita salário para fazer gols. Sua contribuição na criação de jogadas e no sistema defensivo é mínimo.

O Barcos é um jogador bastante limitado e, nessa segunda temporada com a camisa do Grêmio, pouco produziu. Acho que ele deveria ser incluído em alguma negociação, mas certamente isso não vai resolver todos os nossos problemas.

Por que nunca foi tentada uma outra alternativa para o ataque? Poderíamos colocar dois jogadores de velocidade lá na frente e "fazer uma correria".

Enfim... Com esta parada de 45 dias, a direção terá tempo de sobra para pensar e projetar um segundo semestre diferente. Se continuarmos apostando nas mesmas estratégias, vamos continuar colhendo os mesmos resultados.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Grêmio 2 x 1 Botafogo


Em campeonato de pontos corridos, todo jogo é uma final. Mesmo que o clima não seja de final, cada ponto disputado pode fazer diferença lá na frente.

Se não fosse aquela derrota para o Atlético do Paraná, na primeira rodada do Brasileirão, o Grêmio seria líder isolado.

ALFREDO JACONI

O Corinthians tem jogo marcado para o dia 01/06 no Itaquerão, palco do primeiro jogo da Copa. Ontem, 21/05, o Grêmio não pôde utilizar a Arena, pois a mesma está cedida para a competição organizada pela FIFA.

Tenho a convicção de que a decisão de jogar em Caxias foi uma manobra da direção gremista, que não se esforçou muito para realizar o jogo na Arena. Trata-se de uma alfinetada na OAS.

BARCOS

Além de não jogar nada, o centroavante gosta de reclamar dos companheiros. A má fase é tão grande que ele não consegue nem dominar a bola. Nem o tapa na cara que ele levou do adversário foi visto pelo árbitro...

MAXI

O uruguaio estava em segundo plano até a intervenção do seu empresário. Foi ele começar a procurar um novo clube para Maxi, que o treinador Enderson Moreira voltou a dar oportunidades para o jogador.

É verdade que Maxi erra muitos lances, mas a movimentação que ele dá à equipe faz muita diferença.  Ele cria inúmeras oportunidades. Em uma destas oportunidades, saiu o gol da vitória.

Foto: Reprodução

domingo, 4 de maio de 2014

O que fazer com Barcos?


A ideia era trazer um jogador incontestável. Um centroavante que desembarcasse, colocasse a nove e entrasse em campo. Em uma negociação bastante onerosa para o clube, Rui Costa contratou Barcos por um alto valor mais um pacote de jogadores.

Ninguém ousou dizer que não era uma boa contratação. Barcos era um dos melhores centroavantes em atividade no Brasil e o Palmeiras já havia recusado diversas propostas.

Depois de diversas partidas com a camisa do Grêmio e muito poucos gols, temos a convicção de que o argentino não tem mais o que fazer por aqui. Mas, o que fazer com ele?

Acho que a negociação que determinou a vinda de Barcos para Porto Alegre foi bastante positiva. Nos "livramos" de alguns jogadores e ainda conseguimos ganhar um bom dinheiro com a venda de Leandro. É difícil de acreditar que o Palmeiras pagou 5 milhões de euros por um jogador tão medíocre, como foi comentado no início do ano.

O fato é que não podemos simplesmente rasgar dinheiro. Não temos outro jogador de referência, ou seja, não há quem colocar no lugar dele. A solução parece ser 'não fazer nada' mesmo: manter Barcos na equipe e torcer para que algum desesperado faça uma proposta razoável por ele.

sábado, 3 de maio de 2014

Escassez de gols


Barcos corria com a bola. Tinha Luan e Dudu à sua esquerda. Em frente, apenas um zagueiro do Santos.

Trata-se de uma jogada rara no futebol: a defesa está completamente desprotegida. O Grêmio atacava com três jogadores contra um defensor santista. O tricolor avançava com três jogadores de frente, dos quais sempre se espera gols. A jogada não resultou em absolutamente nada. A bola não chegou nem no goleiro adversário.

É o mesmo problema que se repete. O Grêmio não tem jogadores para marcar gols. A defesa falha, mas está razoável. O meio campo - sem Zé Roberto - até que consegue trocar alguns passes. No entanto, não temos finalizadores. Jogadores com faro de gol, de qualquer posição. O mais próximo que temos disto é o zagueiro Werley, mas que ultimamente nem isso tem feito.

Há anos que o Grêmio não tem um batedor de faltas. Aquele cara que cruza, que bate escanteios, que alça bolas na área e que faz gols. Se tivéssemos um jogador deste tipo certamente seria titular. Mesmo que não jogasse muito.

Precisamos marcar gols.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Reflexões após a eliminação


Fábio Koff teve uma boa oportunidade para demitir Enderson Moreira. Em outros tempos, ser goleado pelo rival significava demissão por justa causa. A decisão do presidente certamente está em sintonia com a visão do departamento de futebol.

Rui Costa e Marcos Chitolina são os homens do futebol, o principal elo entre Koff e a comissão técnica/jogadores. São, também, os principais responsáveis pelo planejamento do futebol, contratações, cobranças, etc.

Na entrevista coletiva, logo após a eliminação da Libertadores, Koff afirmou que "o Grêmio errou o planejamento". Foi uma crítica clara e aberta para o departamento de futebol. O presidente não escondeu a tristeza de ser novamente eliminado na primeira etapa da fase decisiva da Libertadores. Tanto é que, na mesma entrevista, referenciou diversas vezes a equipe multicampeã da década de 90.

O Grêmio parece estar seguindo o mesmo caminho do nosso estado: cada governador que assume não poupa críticas à gestão anterior, responsabilizando-a por uma "herança maldita". O fato é que nenhum deles se preocupa em resolver a situação, apenas empurram os problemas para o futuro. Eles não pensam nos milhões da gaúchos que arcarão com as consequências desta bola de neve, estão preocupados apenas com a sua imagem diante dos eleitores.

Quando Fábio Koff vem a público criticar o contrato assinado com a OAS, Paulo Odone procura a imprensa para atacar o atual presidente. Trata-se de uma disputa pessoal, deixando a instituição Grêmio em segundo plano. Em momento algum Odone demonstra preocupação com o rumo do clube, sua atenção está voltada exclusivamente para Koff.

Está na hora de olhar para a frente, de planejar. O Grêmio tem camisa; e isso é o mais importante. Só precisamos de um pouco mais de organização e inteligência.