quinta-feira, 1 de maio de 2014

Reflexões após a eliminação


Fábio Koff teve uma boa oportunidade para demitir Enderson Moreira. Em outros tempos, ser goleado pelo rival significava demissão por justa causa. A decisão do presidente certamente está em sintonia com a visão do departamento de futebol.

Rui Costa e Marcos Chitolina são os homens do futebol, o principal elo entre Koff e a comissão técnica/jogadores. São, também, os principais responsáveis pelo planejamento do futebol, contratações, cobranças, etc.

Na entrevista coletiva, logo após a eliminação da Libertadores, Koff afirmou que "o Grêmio errou o planejamento". Foi uma crítica clara e aberta para o departamento de futebol. O presidente não escondeu a tristeza de ser novamente eliminado na primeira etapa da fase decisiva da Libertadores. Tanto é que, na mesma entrevista, referenciou diversas vezes a equipe multicampeã da década de 90.

O Grêmio parece estar seguindo o mesmo caminho do nosso estado: cada governador que assume não poupa críticas à gestão anterior, responsabilizando-a por uma "herança maldita". O fato é que nenhum deles se preocupa em resolver a situação, apenas empurram os problemas para o futuro. Eles não pensam nos milhões da gaúchos que arcarão com as consequências desta bola de neve, estão preocupados apenas com a sua imagem diante dos eleitores.

Quando Fábio Koff vem a público criticar o contrato assinado com a OAS, Paulo Odone procura a imprensa para atacar o atual presidente. Trata-se de uma disputa pessoal, deixando a instituição Grêmio em segundo plano. Em momento algum Odone demonstra preocupação com o rumo do clube, sua atenção está voltada exclusivamente para Koff.

Está na hora de olhar para a frente, de planejar. O Grêmio tem camisa; e isso é o mais importante. Só precisamos de um pouco mais de organização e inteligência.

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