segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Bom para todos


Muitas pessoas já podiam prever que o clássico terminaria empatado. O empate foi bom para todos: o Grêmio, que fez uma bela festa, não saiu derrotado no último jogo do Olímpico e o Internacional comemora como tivesse conquistado um título.

Fachada do estádio Olímpico: Grêmio - Campeão do Mundo
As movimentações nos arredores do estádio Olímpico já eram intensas desde a sexta feira. No sábado milhares de gremistas participaram da corrida monumental, enquanto outros acampavam em volta do estádio.

O domingo de despedida foi marcado por um belo dia de sol.

Despedida do estádio Olímpico: Mosqueteiro
Era possível perceber lágrimas no rosto de muitos torcedores, os quais tentavam registrar todos os momentos dos últimos suspiros do estádio.

Dentro de campo não foi diferente. Grêmio, Internacional e os árbitros posaram para fotos oficiais.

Segundos antes da bola rolar, as duas equipes se reuniram para concentração.

Despedida do estádio Olímpico: momento de concentração

A rebeldia do irmão mais novo


O derradeiro jogo do estádio Olímpico Monumental, o velho Casarão, acabou 0x0. A extrema cautela dos dois times quando disputam o clássico foi ampliada pela importância histórica da partida. Ninguém queria perder o último jogo disputado naquele gramado.

O Gre-Nal 394 ficou marcado pela rebeldia. O irmão mais novo entrou em campo disposto a aparecer mais do que o primogênito. E isso é natural. O que não é normal foram faltas violentas e o antijogo colorado. O Internacional parecia o Guarany de Bagé, com todo respeito ao alvirrubro.

"Timinho, timinho, timinho..." gritavam os gremistas ao ver três jogadores do Inter no chão esperando atendimento médico. Ou então quando o preparador físico do Inter, que parecia estar desacordado, levantou-se aos tapas com o paramédico da Unimed. Ou quando Osmar Loss comicamente isolou a bola para retardar a cobrança da lateral.

Era um Internacional assustado e, por isso, Muriel e Leandro Damião foram para o vestiário mais cedo.

Mas o Gre-Nal não foi só isso:

- Luxemburgo repetiu algo que já foi muitas vezes comentado neste blog: não fez o óbvio na decisão. Ao colocar Léo Gago, jogador que muito provavelmente será dispensado, no lugar do atacante Leandro, que também é limitado, Luxa abdicou do ataque. Assim como contra o Palmeiras pela final da Copa do Brasil, o Grêmio não conseguiu fazer um gol.

- No Internacional, Osmar Loss também foi muito cauteloso. Deixou no banco o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010, Forlán, para colocar Josimar. Se fosse mais ousando, muito provavelmente acabaria com a festa dos gremistas.

- Quem esteve no Olímpico pôde perceber desde os primeiros minutos que o Grêmio entrou com o freio de mão puxado. O torcedor que esperava um time aguerrido, que não deixa o rival passar do meio campo, ficou decepcionado. Ficou parecendo que o medo de perder em um dia tão importante era maior que a vontade de vencer.

- Saimon é bom zagueiro. Tem vigor, sabe se antecipar, sabe sair jogando e é bom nas duas áreas. Mas precisa trabalhar um pouco mais o lado emocional para se tornar um grande zagueiro.

- Foi incompreensível a agressão de Leandro Damião. O centroavante da seleção brasileira fechou a temporada de maneira lamentável e perde valor no mercado. Também não podemos esquecer de Osmar Loss, Anderson Pico e Vilson que também não tiveram experiência para lidar com a pressão.

- Por fim, o árbitro Heber Roberto Lopes, que vinha tendo uma atuação razoável, tomou uma decisão autoritária e egoísta. Como se não bastasse dar apenas 5 minutos de acréscimos, quando deveria ter dado pelo menos 9 (6 pela paralisação nas expulsões de Muriel e Luxemburgo + 3 pelas substituições), o paranaense encerrou a partida com apenas 2 minutos de acréscimo!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Felipão é o escolhido


Luiz Felipe Scolari vai assumir a seleção brasileira pela segunda vez. Em sua primeira passagem (2001-2002), encontrou uma seleção em situação crítica. Luxemburgo havia sido demitido em 2000 por supostas irregularidades e seu sucessor Leão ficou apenas 10 jogos no comando. Felipão foi muito criticado por tudo (convocações, escalações, estilo de jogo, etc.). Até ser campeão do mundo. 

Dez anos depois, o técnico do penta volta com a missão de conduzir o Brasil ao hexa. Foram dois anos perdidos com Mano Menezes, nos quais a seleção acumulou fracassos. 

Mano é um dos mais qualificados técnicos do país, mas não conseguiu repetir na seleção o sucesso que havia obtido nos clubes por onde passou. Curioso, pois a exigência na seleção é teoricamente menor que em um grande clube. 

Foi ventilado na imprensa que o presidente colorado Luigi teria feito uma proposta para Mano. O treinador declinou com a justificativa que deseja tirar dois meses de férias. Difícil de acreditar, mas não impossível. Geralmente os treinadores preferem iniciar a temporada no comando do clube. 

Nesta segunda passagem, Felipão deve encontrar a mesma resistência que enfrentou em outros tempos: "ele está defasado", "ele rebaixou o Palmeiras", "ele está em baixa"... Só não podemos esquecer que ele ganhou a Copa do Brasil 2012, que é mata-mata, com um time muito fraco. E Copa do Mundo é mata-mata.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Negociações


O Grêmio confirmou o interesse em Montillo do Cruzeiro. Tem a concorrência de outros grandes clubes do Brasil. Todo bom jogador é pretendido por muitos clubes. Com Montillo não é diferente.

Comenta-se a possibilidade de repassar o centroavante Marcelo Moreno, além de uma quantia em dinheiro para o Cruzeiro. O boliviano já teve uma boa passagem por BH e aqui tem oscilado boas e más atuações. Bom centroavante sempre gera interesse. Este é o diferencial que o Grêmio tem nesta difícil negociação.

Para substituir Moreno, Luxemburgo teria indicado Deivid. O centroavante está esquecido no Coritiba depois de uma fraca passagem pelo Flamengo.

Koff sabe que para ser campeão é preciso ter um centroavante que faça gols e Deivid não é esse cara.

Vai investir em Barcos que muito provavelmente deve ter interesse em sair do rebaixado Palmeiras.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Para quem defende pontos corridos


O campeão Fluminense apenas empatou em casa com o Grêmio (2º, 2x2) e com o Atlético-MG (3º, 0x0).

Fora do Rio de Janeiro perdeu as duas. Levou 1x0 no Olímpico em um dos poucos gols do Gladiador Kléber neste campeonato e foi derrotado por 3x2 para os mineiros no estádio Independência em bela atuação de Ronaldinho.

O campeão não conseguiu vencer o segundo e o terceiro colocado. Mesmo assim é campeão.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Polêmica entrevista de Luxemburgo


"Vou ficar em casa e conversar com a família para decidir o que eu vou fazer. Vou passar a temporada a limpo, ainda não decidi. Vou tomar a decisão com calma, tranquilidade e fazer aquilo que eu achar que entenda que é o melhor para mim e para o Grêmio."

Foi esta a frase que causou grande polêmica na entrevista coletiva após o empate contra a Portuguesa.

Nas semanas anteriores, foi amplamente discutido o interesse da nova direção, encabeçada por Fábio Koff, em renovar o contrato de Luxemburgo. A pedida salarial do treinador teria alcançados números exorbitantes. Encurralado pela pressão da torcida, Koff teria cedido e aceitado as condições. Se isto é verdade, não há como saber.

O que sabemos, no entanto, é que Luxemburgo está valorizado. É técnico de futebol desde 1980 e sabe negociar. Com a surpreendente declaração dada na coletiva, Luxemburgo contrariou algo que todos davam como certo e mostrou sua força.

Luxemburgo tentou ser maior que o Grêmio. Tentou.

Luxemburgo lê os jornais e sabe o que vem sendo comentado. Três dias após ser noticiada a aceitação de todas exigências do treinador, ele declara publicamente que ainda precisa conversar com a família. Receber um salário estratosférico, disputar a Libertadores com uma equipe competitiva e atuar no mais moderno estádio da América Latina não é o bastante para Luxemburgo.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

ELIMINADO: Millionarios 3 x 1 Grêmio


Foi espantosa a diferença física entre os jogadores de Grêmio e Millionarios. Mas não foi só por isto que o tricolor desabou na altitude de Bogotá.

- Gilberto Silva tem pré-contrato assinado com o Atlético-MG, equipe que disputa a segunda colocação no campeonato nacional com o Grêmio. Não poderia ter sido escalado pela falta de bom senso. Muito menos ser capitão. Os dois primeiros gols aconteceram nas costas do veterano defensor.

- Kleber entrou aos 22 minutos do segundo tempo e saiu aos 27. Queimou uma importante substituição. Por que a sua lesão não foi diagnosticada nos dias que antecederam a partida? Como que a sua condição física limitada não foi percebida durante os 20 minutos de aquecimento antes da sua entrada?

- O Grêmio de Luxa naufragou em todos os jogos decisivos que disputou. Já havia sido eliminado por Caxias e Inter no Gauchão, Palmeiras na Copa do Brasil e não conseguiu vencer Atlético-MG e Fluminense no segundo turno do Brasileiro. Venceu o São Paulo semana passada e criou falsas expectativas no torcedor que, em coro, gritou "Fica Luxemburgo".

- O árbitro equatoriano Carlos Vera teve atuação desastrosa. Sentiu a pressão das 40 mil pessoas que lotaram o estádio El Campín e marcou um pênalti muito duvidoso aos 46 minutos do segundo tempo. Também deixou de expulsar o colombiano Ramírez, jogador que acertou o rosto de dois gremistas.

- Os jogadores e o treinador do Grêmio cercaram o árbitro somente após a partida. Elano acertou um dos auxiliares e, muito provavelmente, ficará de fora da disputa da Libertadores 2013. Por que não pressionaram o árbitro com a bola rolando?

- Há quem pense que o Grêmio está no caminho. Há quem elogie o trabalho de Paulo Pelaipe. Há quem pense que o Grêmio tem uma boa base e com alguns ajustes estará pronto para conquistar títulos. Errado. Sair vencendo por 1x0 na casa do adversário e tomar três gols no segundo tempo é sinal que Fábio Koff tem muito trabalho pela frente.