quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fluminense 0 x 3 Grêmio


O Futebol a Granel ainda está em férias.

Quem teve a oportunidade de assistir a partida entre Grêmio e Fluminense, no Engenhão, pela segunda rodada da Libertadores da América 2013, viu um Grêmio com cara de Grêmio.

Não importa se os jogadores são de grife ou não, se o salário é alto ou baixo ou, até mesmo, se eles são gaúchos. Para jogar no Grêmio é preciso ter raça e vontade. Não pode desistir de nenhuma jogada. Não pode tirar o pé de nenhuma dividida.

Aposto que foi isso que Fábio Koff cobrou do seu elenco antes dessa partida: podemos até perder, mas que seja correndo incansavelmente por 90 minutos.

Fernando entrou, ajeitou a defesa e deu segurança para Souza sair jogando. É titular incontestável.

Barcos dispensa comentários. Participou nas jogadas dos três gols. É o legítimo 9.

André Santos fez boas jogadas e em breve deve estar adaptado. Vargas foi apenas razoável: marcou um gol , mas ainda parece sentir a falta de entrosamento. Zé Roberto começou tímido, mas se soltou na segunda etapa. Elano definitivamente não tem bom preparo físico, mas compensa no chute de fora da área e na bola parada. Werley e Cris não deram chances para o ataque adversário. Dida não trabalhou e Pará mostrou a disposição de sempre.

O treinador Luxemburgo fez o óbvio. Montou exatamente a mesma equipe, sacando Adriano. 

E, se continuar fazendo o óbvio, o Grêmio é candidato ao título.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Grêmio 1 x 2 Huachipato


O Futebol a Granel está de férias, mas, diante da partida de ontem, alguns comentários são necessários.

PELA VOLTA AO OLÍMPICO

Diferentemente do técnico, acredito que a volta para o Olímpico deve ocorrer por outros motivos

A Arena ainda não está pronta. As vias de acesso necessitam de investimentos, o estádio precisa ser concluído, o gramado deve ser repensado (talvez foi escolhida a grama errada?), o estacionamento está completamente desorganizado, os funcionários designados para orientar os torcedores não sabem dar informações, os bares e banheiros precisam ter melhores condições de higiene, metade dos torcedores sentados nas cadeiras gramado (269,00 mensais ou 120,00 por jogo) incrivelmente ficaram na chuva, etc.

Elevar as mensalidades para preços exorbitantes sem oferecer condições mínimas é um tiro no pé. O torcedor é um apaixonado pelo clube, mas não é palhaço. A inauguração do estádio ocorreu há praticamente dois meses e até hoje não foi realizada uma limpeza adequada.

O Olímpico, por outro lado, é razoavelmente confortável e é a verdadeira casa dos gremistas. Lá conquistamos muitos títulos. Volta, Olímpico.

Vamos jogar a última Libertadores no velho casarão e levantar mais uma taça.

EM CAMPO

É verdade que o gramado da Arena está em péssimas condições, porém isso não é justificativa para a desastrosa atuação diante do chileno Huachipato. Fábio Koff foi sábio ao reconhecer que sim, o gramado não estava em boas condições, mas que o time precisa mudar muito para ser campeão de uma Libertadores.

Os grandes times do Grêmio não começaram a jogar bem do dia para a noite. Foi assim com aquele time multicampeão do Felipão e com a máquina montada por Tite em 2001.

AS ESTREIAS

Barcos foi bem. Acabou de desembarcar, vestiu a camisa e, em sua primeira partida, foi o melhor em campo. Os demais não foram bem. Mas com apenas uma partida não dá para tirar conclusão alguma.

O TÉCNICO

Luxemburgo é um bom treinador para administrar um time com tantas estrelas como o Grêmio.

Mas precisa mudar algumas coisas. Mais uma vez decidiu inovar em jogo decisivo, mesmo motivo que eliminou o Grêmio de quatro competições na última temporada.

Até agora ninguém conseguiu entender por que sacar Fernando e colocar o recém-chegado Adriano. Alex Telles também deveria ter continuado. Não dá para mexer em tantas peças de um jogo para o outro, senão o time não consegue trocar passes.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cris é o zagueiro


A primeira contratação para a defesa é Cris. O zagueiro tem 35 anos, 1m85 e é mais uma indicação do técnico Vanderlei Luxemburgo.

Quem acompanhou o início da carreira de Cris imagina que não se trata de um zagueiro de primeira linha. Entretanto, o experiente defensor tem uma biografia de causa inveja. Conquistou títulos por todos clubes onde passou, teve passagem na seleção brasileira e liderou aquele time imbatível do Lyon.

Talvez eu tenha ficado com a impressão errada durante seus anos jogando no futebol brasileiro. Não é possível alguém ter uma carreira tão exitosa sendo fraco. Cris também pode ser um bom conselheiro para Saimon.

Aplausos para Rui Costa. Diante da limitação de recursos e jogadores no mercado, o executivo agiu de forma ágil. Na sua posição, eu tomaria a mesma decisão: contrataria o jogador.

Ainda existe a necessidade de mandar desembarcar mais um zagueiro. Saimon é bom, mas ainda precisa se aprender a controlar os nervos. E Vilson passa muito tempo no DM.

Vamos esperar. Certamente o Grêmio está trabalhando exaustivamente para montar uma bela equipe para este ano. Ano no qual o tricolor completará 110 anos de existência.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Azul 2013


Campeonato Gaúcho, Copa do Brasil, Libertadores e Brasileiro.

Quatro competições em uma casa completamente nova.

Que venha 2013.

Foto: Reprodução

domingo, 30 de dezembro de 2012

A arena sem a geral


A Geral do Grêmio - ou Alma Castelhana, como era chamada - surgiu no início dos anos 2000. Influenciada pelas barras bravas (aquelas torcidas que cantam sem parar) uruguaias e argentinas, o movimento começou com muito poucos torcedores atrás da goleira da Carlos Barbosa, no portão 10. Naquela época, o Grêmio comercializava ingressos com preços populares (o valor era 5 reais) para aquela localização.

A torcida, que até 2004 ocupava um pequeno espaço atrás da goleira e dava boas vindas para o ex-goleiro Danrlei cantando "Danrlei querido, Geral está contigo", passou a chamar atenção de todos pelo modo como torciam. Os cânticos eram todos em espanhol (ou portunhol), mas foi a famosa avalancha que despertou interesse da imprensa de todo o Brasil.

A seguir, o antigo setor popular da Geral foi extinto, iniciou-se uma campanha para associação em massa, a torcida Geral mudou-se para a outra goleira e o movimento passou a crescer de forma exponencial.

Quem frequentou a Geral no início da década passada sabe que hoje ela está muito diferente. O crescimento descontrolado deu margens para o ingresso de pessoas que não estão tão interessadas pelo jogo, de oportunistas e de arruaceiros.

A torcida Geral do Grêmio surge exatamente no momento em que o tricolor parou de ganhar títulos. Portanto é um equívoco dizer que a Geral faz a diferença nos jogos. Sim, ela canta sem parar, mas está longe de ser um 12º jogador. 

As confusões protagonizadas por esta torcida acabam prejudicando todos os outros gremistas que vão para o estádio com um único objetivo: ver o Grêmio vencer. Não seria este um bom momento para tomar alguma medida ao invés de esperar por algo pior?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Adeus Olímpico


É com muita tristeza que os gremistas dirão adeus ao estádio Olímpico Monumental.

Palco de muitas alegrias, o estádio localizado na Azenha será implodido para a construção de diversas torres residenciais e comerciais.

Estádio Olímpico - Visão externa
O vereador do PSOL Pedro Ruas propôs o tombamento do estádio. Pela medida, a estrutura original do Olímpico não poderia ser alterada. Em outras palavras, a construtora OAS poderia apenas alugar o estádio e construir no entorno.

Ruas era conselheiro do Grêmio e votou a favor do negócio com a OAS. A proposta do vereador não tem pé nem cabeça. Chega a ser cruel, pois mexe com os sentimentos de milhões de gremistas espalhados pelo mundo. 

Estádio Olímpico - Gramado
Uma possibilidade seria a troca do Olímpico por uma outra área na cidade. Neste caso, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre realizaria esta operação e tomaria conta do estádio. A OAS não sairia prejudicada e o estádio ficaria em poder da Prefeitura.

E este é o problema. O Olímpico é um estádio velho e com uma manutenção elevada. Comprometer uma significativa parcela do orçamento municipal ou deixar o estádio em más condições são os dois caminhos possíveis.

Estádio Olímpico - Bar Monumental
Além disso, não existe uma demanda em Porto Alegre para jogos amadores com público acima de 40 mil pessoas. Resumindo: não há por que manter um estádio tão grande sob responsabilidade do poder público.

No entanto, outras alternativas podem ser pensadas e analisadas.