terça-feira, 2 de outubro de 2012

Por que votarei em Fábio Koff?


Estamos a pouco menos de 20 dias da próxima eleição para o conselho de administração do Grêmio. Eleição esta que será a maior da história do clube. Não apenas pelo fato de mais de 40 mil sócios estarem aptos a votar, mas pela disputa entre dois nomes de peso da política do Grêmio: Fábio Koff e Paulo Odone. Além deles há o auto-intitulado "azarão" Homero Bellini Júnior.

Desde o lançamento das candidaturas na primeira quinzena de setembro muito tem se dito sobre os candidatos. Vou focar este texto nos méritos e deméritos de cada um para justificar a minha escolha por Fábio Koff. Descartei completamente votar no Homero pelos seguintes motivos: É do movimento Grêmio Independente (MGI), o mesmo movimento do ex-presidente José Alberto Guerreiro. Guerreiro ficou marcado no Grêmio, principalmente, pela parceria do Grêmio com a ISL. A parceria com a ISL contribuiu para o último título Nacional do Grêmio, a Copa do Brasil de 2001. Contudo, após a falência da ISL, o Grêmio ficou com todas as dívidas. Posteriormente o ex-presidente Guerreiro foi condenado na justiça por ações ilícitas durante a pareceria com a ISL. O processo interno que ocorria no Grêmio propondo a exclusão de Guerreiro foi arquivado e depois, impedido, por voto dos conselheiros, de ser reaberto. Os conselheiros do MGI (entre eles Homero Bellini Jr. e alguns membros de sua chapa [1] [2]) votaram em peso pelo arquivamento definitivo do processo. Isto já seria motivo suficiente para não votar no candidato do MGI. Outro ponto que pesa contra Homero, pelo menos para mim, é que ele era o vice-jurídico do Grêmio na época da conturbada saída de Ronaldinho Gaúcho do Grêmio.

Aproveitando o gancho do caso Guerreiro, vou iniciar a discussão a respeito de Odone e Koff com a comparação entre os votos dos membros das chapas. Odone e Koff abstiveram-se de votar. Olhando os membros das chapas, vemos que dos 6 integrantes da chapa de Koff, 5 votaram pela reabertura do processo. O outro, Renato Moreira, absteve-se. Já na chapa de Odone, temos um voto a favor da reabertura, dado por Rodrigo Karan, um voto contra a reabertura, feito por Marco Scapini, e 4 se abstiveram de votar [2]. Considero isto como um fato positivo para a chapa do Koff (mesmo ele não tendo votado). Do meu ponto de vista, conselheiros que votaram a favor da reabertura do caso Guerreiro votaram a favor da Instituição Grêmio.

Considerando os nomes propostos pelas chapas, o único que em algum momento me fez pensar em votar em Paulo Odone foi o nome de Eduardo Antonini. Para quem não sabe, Antonini é um dos grandes idealizadores (assim como Odone) do projeto Arena. Este será uma perda caso Koff vença a eleição. Embora nada impeça que Antonini seja convidado para seguir a frente da Grêmio Empreendimentos (e consequentemente da Arena), acho improvável que isto aconteça. Por outro lado, cabe lembrar que a chapa do Koff possui Adalberto Preis. Preis foi o presidente da Grêmio empreendimentos durante a gestão do ex-presidente Duda Kroeff, nos biênio 2009/2010. Foi neste período que o Grêmio obteve todas as licenças necessárias e iniciou a obra. Assim, pelo menos da minha parte o "terrorismo" que vejo muitos simpatizantes do Odone fazerem, dizendo que "Koff vai acabar com a Arena porque ela foi criação do Odone" não tem o menor sentido. Adalberto Preis já mostrou, que mesmo sendo de um movimento de oposição ao dos idealizadores do projeto Arena, que é capaz de buscar o que é bom para o Grêmio. Quanto aos demais membros, de ambas as chapas, não tenho ressalvas a fazer.

Por fim, resta fazer as considerações sobre os "cabeças" das chapas. Fábio Koff é o maior presidente da história do Grêmio. Foi presidente entre 82-83 e 93-96. Neste período conquistou duas Libertadores (83, 95), um Mundial (83), uma Copa do Brasil (94), um Campeonato Brasileiro (96) e uma Recopa Sul-Americana (96). Paulo Odone é o atual presidente do Grêmio e um dos idealizadores do projeto Arena. Dirigiu o Grêmio entre 87-90, 2005-2008 e 2011-2012. Durante este período conquistou uma Copa do Brasil (89), um Supercampeonato Brasileiro (90) e um Campeonato Brasileiro da Série B(2005). No aspecto títulos não há muito o que comparar. Embora ambos tenham conquistado títulos pelo Grêmio, o presidente nas maiores conquistas da história do clube era Fábio Koff.

Um ponto que gostaria de mencionar aqui é que, diferente do que Odone gosta de dizer por aí, ele NÃO era o único disposto a pegar o Grêmio na Série B. A eleição para o biênio 2005-2006 tinha três candidatos. Além de Paulo Odone, concorreram Antônio Vicente Martins, hoje na chapa do Homero, e Adalberto Preis, membro da chapa de Koff [3]. Verdade dita, podemos seguir com a análise.

Outra verdade a ser dita é o mérito da gestão de Odone, em 2006, ao criar o condomínio de credores. Contudo, também é bom salientar que boa parte da dívida foi paga durante a gestão de Duda Kroeff. Assim, fica outro exemplo de que coisas boas para o Grêmio acabam sendo mantidas, independente de quem as criou. Recentemente o condomínio foi quitado e o Grêmio poderá iniciar a "Era Arena" sem dívidas.

Além dos já citados, outro assunto que se escuta bastante nas conversas sobre as eleições do Grêmio é o suposto abandono de Fábio Koff ao Grêmio após o término da sua gestão em 1996. Além disso, muitos falam que o retorno de Koff é "puro oportunismo" agora que o clube está voltando a ter saúde financeira. Muitos dizem que Koff só está voltando ao Grêmio porque o clube dos 13 implodiu e ele não teria outra coisa para fazer. Nesta parte, recomendo que acessem o link [4], leiam (especialmente os itens 3 e 5) e tirem as suas próprias conclusões. Eu já tirei as minhas. Aproveito para lembrar o "abandono" de Odone ao Grêmio para concorrer nas eleições em 2006 [5]. 

O último ponto que vou levantar neste texto são os "fiascos" propiciados pela direção do Grêmio nesta última gestão de Paulo Odone. Não tenho como analisar eventuais "fiascos" ocorridos nas gestões de Fábio Koff ou nas primeiras gestão de Odone devido a minha idade e a ausência de meios de difusão das notícias na época em que ocorreram, assim, focarei no passado recente. Odone foi aclamado pelo conselho do Grêmio como presidente para o biênio 2011-2012. Após a eleição (Grêmio estava em dificuldades no Campeonato Brasileiro) disse que gostaria de receber o Grêmio na Libertadores, visto que o havia entregue para a gestão de Duda Kroeff classificado para Libertadores. Resultado: recebeu o Grêmio classificado para o torneio continental. Ao assumir, Odone prometeu uma parceria com a Traffic que colocaria dinheiro no Grêmio e qualificaria o grupo de jogadores. Resultado: Traffic ajudou o Flamengo na novela Ronaldinho e a parceria não chegou nem a sair do papel. Por falar em Ronaldinho, não é nem preciso lembrar do fiasco que o Grêmio passou com o episódio das caixas de som, motivo de piada até hoje. Para completar, ainda iniciamos o ano perdendo Jonas para disputa da Libertadores. Após, veio a eliminação nas oitavas de final de Libertadores (onde o Grêmio não tinha jogadores suficientes para completar o banco de reservas), a demissão de Renato Portaluppi, contratação de Julinho Camargo, demissão de Julinho Camargo, e a contratação/demissão do bombeiro Celso Roth para salvar o Grêmio do rebaixamento. Sem contar outros fatos menores. Alguém lembra do Alexandre Farias, o executivo de futebol que não durou um mês e "contratou" o Wellington Paulista [6]? Este ano tivemos a contratação/demissão de Caio Jr., que ere uma "convicção" do presidente Odone. Com a chegada do Luxa o Grêmio se organizou, mas acabou não indo a final do Gauchão e sendo eliminado da Copa do Brasil pelo fraco time do Palmeiras. No segundo semestre, com as chegadas de Zé Roberto e Elano e a mão de Luxa o Grêmio está no páreo pela tão sonhada "vaga". Embora o Grêmio esteja na terceira colocação, acho improvável conseguir tirar os 9 pontos que o Fluminense tem de vantagem. (espero estar errado neste ponto)

Reconheço que as gestões de Paulo Odone trouxeram coisas boas para o Grêmio como a criação/fim do condomínio de credores e o projeto Arena. Contudo, cresci vendo o Grêmio ganhar títulos, coisa que Fábio Koff fez com imensa competência. Além disso, cansei dos discursos de Paulo Odone sobre imortalidade, batalha dos aflitos, fazer do limão uma limonada, disputar a "vaga", entre outras. Assim, pelo fim do "Grêmio Vagueiro" e pela volta do "Grêmio Copero" abro meu voto para Fábio Koff.

Pedro de Botelho Marcos
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Sócio do Grêmio

E o título?


Seis considerações:

(1) O Grêmio está mal servido de atacantes. Em especial, de reservas para a posição. Leandro é fraco, perdeu um gol incrível domingo. André Lima só tem o jogo aéreo. Kleber tem uma jogada e não faz gols. Atacante precisa fazer gols. Marcelo Moreno é bom centroavante, em especial quando afastado do whisky.

(2) O preparo físico vinha sendo muito elogiado. É verdade que, contra o Barcelona-EQU, o tricolor fez um esforço incrível. No segundo tempo contra o Santos, o time estava visivelmente cansado. No final do primeiro tempo Elano já estava caminhando.

(3) Zé Roberto, Gilberto Silva e Pará foram poupados no jogo do meio de semana. Contra o Santos foram os mais participativos e eficientes.

(4) Luxa, na coletiva, comentou: "Se você olhar para o banco do Fluminense, vai ver que ele tem opções de mudar". Embora ele tenha negado qualquer referência ao plantel do Grêmio, é evidente que ele não tem nenhuma opção no banco de reservas: Marquinhos, Leandro, Marco Antônio, Léo Gago, Rondinelly, etc.

(5) O Fluminense está nove pontos na frente. O Atlético-MG está três. Restam 11 rodadas.

(6) Cruzeiro (casa), Sport (fora), Botafogo (casa) e Fluminense (fora) são os próximos quatro jogos do Grêmio.  Os últimos quatro jogos antes das eleições para presidente entre os sócios. Acho que isso não faz diferença. Só pode ser Koff o novo presidente.

domingo, 30 de setembro de 2012

20 de outubro


Dia 20 de outubro é a data em que o Grêmio escolhe seu novo presidente.

Odone já ocupou o cargo por 10 anos. É um político. Já foi vereador e hoje é deputado. Como presidente do Grêmio, tirou o clube da segunda divisão e ganhou uma Copa do Brasil.

Homero Bellini Jr. se autodeclara "azarão". Está concorrendo com dois ex-presidentes. Ainda que tenha sido vice-presidente jurídico na gestão de Guerreiro (2000-2002), marcada por negociações suspeitas que empurraram o Grêmio ladeira abaixo, é competente. Deve algumas explicações para o torcedor, mas pode ser uma boa opção. Para o futuro.

Koff dispensa comentários. É uma lenda para o Grêmio e para o futebol brasileiro. Por esse motivo, 20 de outubro é dia de ir ao Olímpico votar em Fábio Koff. O maior dirigente de futebol que eu já vi.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O caminho de Luxemburgo


A discussão é antiga, mas vale a pena refletir mais um pouco.

Vanderlei Luxemburgo é um baita técnico. Com apenas sete meses de trabalho é unanimidade no Rio Grande.

Acompanhando o Grêmio e pensando no histórico do treinador fico com a sensação de que ele é mais competitivo em competições longas, preferencialmente pontos corridos.

E o motivo é simples: no Brasileirão ele faz o óbvio e no mata-mata ele "inventa".

Talvez por esse motivo o Grêmio tem poupado os jogadores apenas na Sulamericana.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Vitória com muita vontade


O Grêmio soube se comportar bem jogando fora de casa. Aproveitou bem a oportunidade que teve e defensivamente fez boa partida. Em especial Marcelo Grohe. O arqueiro tricolor fez a sua melhor partida desde que assumiu a titularidade.

Achei que Vilson foi expulso injustamente. Jogando com 10 desde os 14 minutos do segundo tempo, o Grêmio suportou a pressão dos equatorianos. O semblante dos jogadores após a partida mostra o tamanho da dedicação. O grupo parece estar unido e mais focado do que nunca.

Vanderlei Luxemburgo tem papel importante neste contexto. É verdade que ele gosta de inventar em jogos mata-mata: desta vez entrou com três zagueiros. Por outro lado, ele é uma agregador. Consegue fazer com que os jogadores se dediquem ao máximo. Como fazer isso? Simples, dando oportunidade para todos.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Homenagem Ronaldinho


Abaixo, a capa do Lance RJ (26/09/2012). Quem é o mais falso?


Barcelona Sporting Club


por Andres Valencia (@andresyangeles)

Barcelona de Guayaquil, el ídolo del astillero, fundado el 1 de Mayo de 1925, es el club más popular del Ecuador y uno de los clubes con mayor trascendencia en el ámbito deportivo gracias a su gran historia nacional e internacional. 

Sus mayores logros internacionales son los 2 Vicecampeonatos de la Copa Libertadores disputadas en 1990 frente a Olimpia de Paraguay y en 1998 contra Vasco da Gama de Brasil. 

Barcelona junto con el Club Deportivo El Nacional son los clubes con mayor cantidad de títulos ganados en la Serie A del fútbol ecuatoriano, 13 en total. 

Barcelona ganó su último torneo nacional en el año 1997, desde ese entonces ha vivido años muy tristes sin cumplir las expectativas de la hinchada amarilla. Durante este período apenas consiguió 3 vicecampeonatos en los años 2002, 2003 y 2005, pero además en los años 2000 y 2009 estuvo a punto de descender a la serie B del campeonato ecuatoriano de fútbol. 

El año 2012 pinta ser un año diferente para el club torero, que inició el torneo bajo la dirección del profesor Luis Zubeldía, con resultados positivos, y un juego que agradaba a la afición. Sin embargo el 9 de Abril y a pesar de estar disputando la punta del torneo en ese entonces, un empate de local ante Liga de Quito, ocasionó un desagradable impase entre el presidente canario (Luis Noboa) y el director técnico (Luis Zubeldía) que derivó en su salida del club. Esta salida provocó fuertes críticas a la dirigencia amarilla ya que el equipo venía bien y luego de ello tuvo una racha negativa durante los siguientes partidos que lo alejaron del liderato del torneo. 

Gustavo Costas toma el timón de Barcelona tras la salida de Luis Zubeldía, sin embargo el equipo únicamente consigue 3 empates y una derrota en los siguientes 4 partidos. La situación era preocupante a pesar que ya había destellos de buen fútbol y que Barcelona podía recuperar su nivel de juego. El trabajo de Costas dio resultado y el equipo consigue 5 victorias consecutivas que lo colocaron nuevamente en la disputa de la punta del campeonato. Con mucha emoción se vivieron las últimas fechas de la primera etapa, 5 equipos buscando el primer lugar que finalmente lo ganó Barcelona. Este primer lugar que consigue Barcelona le permite disputar la final del campeonato ecuatoriano con el ganador de la segunda etapa, un cupo a la Copa Libertadores del año 2013 y el pase a la actual Copa Sudamericana, motivo por el cual el festejo de la hinchada amarilla fue muy intenso en todo el territorio nacional. 

El objetivo del club es simple, ganar la segunda etapa del campeonato nacional para no jugar ninguna final y así declararse campeón luego de 15 años de sequía. El ambiente y gran nivel futbolístico que se vive hoy por hoy en el Barcelona, hace pensar que este año el ídolo nacional logrará llevarse el título nacional. 

Es notable la racha positiva en la que se encuentra el Barcelona, donde luce un equipo compacto en todas sus líneas, con variantes de ataque que le permiten generar muchas opciones de gol y sobre todo el gran grupo de jugadores que le permite a Gustavo Costas encarar los 2 frentes (Campeonato Nacional y Copa Sudamericana) manteniendo el mismo esquema técnico y luciendo fútbol de alto nivel en cada partido. 

Aunque Damián el “Kitu” Díaz, aparece como el jugador más significativo del Barcelona, es muy complicado encontrar jugadores que no destaquen en el club. Barcelona se ha convertido en un equipo que no depende de un jugador para generar su fútbol. En la Copa Sudamericana 2012, el fútbol ecuatoriano ha hecho historia debido que sus 4 representantes están ubicados en 8vos de final. Barcelona se enfrentará a Gremio de PortoAlegre en un partido de pronóstico reservado.