domingo, 4 de maio de 2014

O que fazer com Barcos?


A ideia era trazer um jogador incontestável. Um centroavante que desembarcasse, colocasse a nove e entrasse em campo. Em uma negociação bastante onerosa para o clube, Rui Costa contratou Barcos por um alto valor mais um pacote de jogadores.

Ninguém ousou dizer que não era uma boa contratação. Barcos era um dos melhores centroavantes em atividade no Brasil e o Palmeiras já havia recusado diversas propostas.

Depois de diversas partidas com a camisa do Grêmio e muito poucos gols, temos a convicção de que o argentino não tem mais o que fazer por aqui. Mas, o que fazer com ele?

Acho que a negociação que determinou a vinda de Barcos para Porto Alegre foi bastante positiva. Nos "livramos" de alguns jogadores e ainda conseguimos ganhar um bom dinheiro com a venda de Leandro. É difícil de acreditar que o Palmeiras pagou 5 milhões de euros por um jogador tão medíocre, como foi comentado no início do ano.

O fato é que não podemos simplesmente rasgar dinheiro. Não temos outro jogador de referência, ou seja, não há quem colocar no lugar dele. A solução parece ser 'não fazer nada' mesmo: manter Barcos na equipe e torcer para que algum desesperado faça uma proposta razoável por ele.

sábado, 3 de maio de 2014

Escassez de gols


Barcos corria com a bola. Tinha Luan e Dudu à sua esquerda. Em frente, apenas um zagueiro do Santos.

Trata-se de uma jogada rara no futebol: a defesa está completamente desprotegida. O Grêmio atacava com três jogadores contra um defensor santista. O tricolor avançava com três jogadores de frente, dos quais sempre se espera gols. A jogada não resultou em absolutamente nada. A bola não chegou nem no goleiro adversário.

É o mesmo problema que se repete. O Grêmio não tem jogadores para marcar gols. A defesa falha, mas está razoável. O meio campo - sem Zé Roberto - até que consegue trocar alguns passes. No entanto, não temos finalizadores. Jogadores com faro de gol, de qualquer posição. O mais próximo que temos disto é o zagueiro Werley, mas que ultimamente nem isso tem feito.

Há anos que o Grêmio não tem um batedor de faltas. Aquele cara que cruza, que bate escanteios, que alça bolas na área e que faz gols. Se tivéssemos um jogador deste tipo certamente seria titular. Mesmo que não jogasse muito.

Precisamos marcar gols.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Reflexões após a eliminação


Fábio Koff teve uma boa oportunidade para demitir Enderson Moreira. Em outros tempos, ser goleado pelo rival significava demissão por justa causa. A decisão do presidente certamente está em sintonia com a visão do departamento de futebol.

Rui Costa e Marcos Chitolina são os homens do futebol, o principal elo entre Koff e a comissão técnica/jogadores. São, também, os principais responsáveis pelo planejamento do futebol, contratações, cobranças, etc.

Na entrevista coletiva, logo após a eliminação da Libertadores, Koff afirmou que "o Grêmio errou o planejamento". Foi uma crítica clara e aberta para o departamento de futebol. O presidente não escondeu a tristeza de ser novamente eliminado na primeira etapa da fase decisiva da Libertadores. Tanto é que, na mesma entrevista, referenciou diversas vezes a equipe multicampeã da década de 90.

O Grêmio parece estar seguindo o mesmo caminho do nosso estado: cada governador que assume não poupa críticas à gestão anterior, responsabilizando-a por uma "herança maldita". O fato é que nenhum deles se preocupa em resolver a situação, apenas empurram os problemas para o futuro. Eles não pensam nos milhões da gaúchos que arcarão com as consequências desta bola de neve, estão preocupados apenas com a sua imagem diante dos eleitores.

Quando Fábio Koff vem a público criticar o contrato assinado com a OAS, Paulo Odone procura a imprensa para atacar o atual presidente. Trata-se de uma disputa pessoal, deixando a instituição Grêmio em segundo plano. Em momento algum Odone demonstra preocupação com o rumo do clube, sua atenção está voltada exclusivamente para Koff.

Está na hora de olhar para a frente, de planejar. O Grêmio tem camisa; e isso é o mais importante. Só precisamos de um pouco mais de organização e inteligência.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Grêmio 2 x 1 Atlético-MG


Futebol é mesmo imprevisível. Enderson Moreira escalou um time com apenas três titulares - Marcelo Grohe, Ramiro e Luan - e venceu o Atlético de Minas Gerais por 2x1. É interessante perceber que o Galo, em situação idêntica ao Grêmio na Libertadores, escalou titulares na estreia do treinador Levir Culpi.

A vitória do Grêmio passou muito mais pelas deficiências do rival do que por suas próprias qualidades. É bem verdade que o gol de falta marcado por Alán Ruiz era indefensável: um golaço. E, olha que dá para contar nos dedos os gols de falta marcados pelo Grêmio nos últimos anos.

O segundo gol, marcado por Lucas Coelho, foi consequência de uma falha grotesca da defesa do Galo. O garoto, que já perdeu tantos "gols feitos", teve calma suficiente para driblar o goleiro Victor e marcar. Ponto para ele. Deverá receber mais oportunidades ao longo da competição.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Otimismo?


Causa estranheza o otimismo no discurso da delegação gremista após a partida contra o San Lorenzo na Argentina. Parecem ter esquecido que o Grêmio vem acumulando derrotas e más atuações. Depois da goleada para o maior rival na decisão do campeonato estadual, o tricolor perdeu para o fraco Atlético do Paraná e para os argentinos, que estão longe de ser um bom time.

O centroavante Barcos mais uma vez decepcionou. O mais incrível é que não há reservas para esta posição. O pirata não acerta uma, reclama dos companheiros, revela para a imprensa a situação financeira delicada do Grêmio... O que fazer com este cidadão!? Quem contratou certamente deve ter algo em mente.

Mais uma: eu nunca tinha visto um jogador profissional furar tantas vezes quanto Léo Gago neste último jogo. Ele acabou saindo lesionado ao final do segundo tempo e deve parar por um longo período. No entanto, não seria apropriado falar que esta é uma boa notícia...

A boa surpresa foi Pedro Geromel. O zagueiro começou o jogo meio atrapalhado, mas acabou sendo o grande nome da noite. Foi soberano na defesa. Estou torcendo por sua consolidação e que esta atuação não tenha sido isolada, pois tinha ido muito mal nas poucas oportunidades que teve.

terça-feira, 22 de abril de 2014

A primeira rodada


O Grêmio tinha tudo para iniciar com vitória o campeonato nacional. O adversário, Atlético do Paraná, ficou a um ponto da zona de rebaixamento do Campeonato Paranaense e, como consequência, recém havia promovido uma reformulação no elenco.

Ainda assim, o Grêmio fez o mais difícil: perdeu para os paranaenses. A atuação da equipe foi lamentável, de nada adianta colocar o time titular se os jogadores não estão com vontade de entrar em campo.

A defesa voltou a falhar: não importa se os zagueiros são titulares ou reservas, o sistema defensivo do Grêmio recorrentemente vem cometendo falhas primárias que acabam condenando a atuação como um todo.

Enderson terá que escolher entre Bressan e Geromel para o jogo contra o San Lorenzo. Eu apostaria em Bressan, pois tenho inúmeras ressalvas ao futebol de Geromel.

A esperança para a próxima partida é Luan. Desde que o garoto se lesionou, o Grêmio colecionou derrotas e más atuações.

terça-feira, 15 de abril de 2014

O Gre-Nal em duas etapas


O PALCO

É evidente que a decisão de jogar a final do campeonato no estádio Centenário foi da direção do Internacional. Se houvesse o desejo de jogar no Beira Rio, certamente o mandatário colorado contaria com a mobilização de todos os envolvidos.

O que nunca será admitido é que uma volta olímpica do rival no primeiro Gre-Nal com a casa reformada ficaria marcado na história.

Uma semana antes, o novo estádio havia recebido um público de mais de 100 mil pessoas. E, se o problema era a presença da torcida gremista, como foi autorizada a realização do clássico quando o Beira Rio estava em demolição? Basta procurar no Google os vídeos de um operário soldando as barras de proteção com a bola rolando naquela oportunidade.

O MAESTRO

Estou entre aqueles que vê alguma qualidade no trabalho de Enderson Moreira. Entretanto, seu desempenho nas finais do Gauchão 2014 foi alarmante e as tradicionais justificativas de calendário apertado não se aplicam.

Sob pressão, o treinador promoveu substituições que afundaram a equipe. Com a saída de Edinho, jogador vinha tendo a melhor atuação entre os três volantes, o Grêmio tomou três gols em menos de 10 minutos. Colocando Léo Gago, para recompor o meio campo, Enderson assinava seu atestado de inexperiência.