O Grêmio começou mal a partida contra o São Paulo. Ao invés de promover a escalação de Biteco, Luxemburgo, mais uma vez, tirou um coelho da cartola. Ou, pelo menos, tentou. O treinador se recusa a admitir que errou ao entrar com três atacantes e a explicação é muito simples: ele nunca erra.
Welliton é lamentável. O dito "velocista" não consegue uma vitória pessoal, além de não ter bom arremate. Talvez fosse melhor testá-lo em uma outra posição. Seus companheiros de ataque, Kléber e Barcos, também não foram bem.
Haviam passado menos de 20 minutos do primeiro tempo quando tive a sensação de que aquele seria o último jogo de Luxa. O ambiente não era nada bom: dentro de campo, o decadente São Paulo controlava todas as ações do Grêmio, enquanto nas arquibancadas, parte da torcida parecia mais preocupada em provocar a Brigada Militar do que apoiar o time. Da mesma forma como um adolescente se rebela diante do controle de seus pais.
Luis Fabiano marcou o gol dos paulistas e o primeiro tempo chegava ao fim. As vaias tomaram conta da Arena. Poucos jogadores arriscaram falar algo na ida para o vestiário.
No segundo tempo, as entradas de Elano e Biteco deram outra cara para o Grêmio. Mesmo tendo buscado o empate e quase a vitória, permaneci convicto de que Luxemburgo seria demitido. Eis então que Fábio Koff me surpreende.
O presidente gremista fez questão de conversar com os repórteres antes da entrevista coletiva do técnico e, acabando com todas as especulações, deixou bem claro que Luxemburgo é o seu treinador. Agora eu pergunto: será que alguém pode criticar alguma decisão de Fábio Koff?
Eu mudei de opinião. Tratei de racionalizar a situação tão logo ouvi as palavras de Koff.